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Limoncello caseiro em Floripa

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Paulo Bonfiglioli, um italiano da região da Borgonha que aportou em Florianópolis há 17 anos, oferece para os clientes do seu restaurante, o Lo Stivale, um mimo delicioso ao final das refeições: uma dose de licor de limão siciliano, o famoso limoncello, feito em casa artesanalmente. A boa notícia é que o sabor não perde em nada para o clássico "Limoncello di Capri", o mais vendido nos restaurantes da Itália, ou para o Limoncello Vila Massa, produzido na Costa Amalfitana, região do Sul da Itália que pede o registro de origem do produto.
Uma curiosidade? Essa bebida é apreciada pela cantora canadense Avril Lavigne, que escreveu, na música "I Can do Better" de seu terceiro álbum de estúdio, The Best Damn Thing, "I will drink as much Limoncello as I can and I'll do it again and again and...", o que significa "Eu vou beber o quanto de Limoncello eu puder e eu vou fazê-lo de novo e de novo e...". Você também pode, fica aí a receita:

1 litro de álcool de cereais (ou aqueles encontrados em farmácia)
1 litro de água
15 limões sicilianos
500g de açúcar

Raspe a cascas dos limões com cuidado, evitando tomar a parte branca. Deixe a casca dos limões junto com o álcool em um recipiente fechado por 21 dias, agitando-o uma vez por dia.  Coe. Aqueça a água e misture bem o açucar até dissolver. Espere esfriar e junte à mistura dos limões. Tampe bem e deixe por mais sete dias. Depois, é só coar novamente e colocar no freezer ou na geladeira. Tim-tim!

Simple on the beach, novidade em Jurerê

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Cardápio enxuto, equilibrado, bem pensado. Ambiente confortável e à beira-mar. Assim é o Simple on the Beach, uma proposta nova em Jurerê que merece ser conferida. A decoração mais elaborada que rústica, traz peças em madeiras tramadas e tecidos em tons crus que fazem a base para estampas tropicais florais exuberantes em alguns pontos-chave do cenário. Um jardim vertical, ao bom estilo Kaá de São Paulo, é o charme do local. Bom também saber que tem gente sabida metida no negócio. É o caso de Paola Silveira, coordenadora da trupe do Simple, mas que carrega herança de uma família que sempre viveu gastronomia em Floripa (lembram do badalado Bar La Purpurata que bombou a ilha nos anos 90?). Sugestão? Experimente o Risoto de Cordeiro ou o Rack de Javali com Arroz Negro. Excelentes. Mas eu já estou de olho na próxima pedida que vi na mesa ao lado: Polvo Crocante! Simple, não é barato, mas é simples assim!

Sal sem estresse

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Tem algo mais irritante que sal que não sai do saleiro? E bate daqui, vira dali, põe arroz cru dentro, um pouco de grão de café, manda benzer e...nada! E quem mora perto da praia? Pior ainda. A umidade acaba com a paz de qualquer saladinha em família. Você ouve um "passa o sal" e em seguida vem um palavrão básico acompanhado de algumas porradas na mesa. Não é assim? Mas eu dei um basta definitivo e investi numa maquininha que é um charme. São essas da foto, uma para sal e outra para pimenta. São elétricas, você coloca o sal grosso e com um toque suave ele mói o conteúdo e ainda acende uma luz para que você acompanhe a quantidade exata que está colocando. Uma delícia. Estes comprei na Williams Sonoma, uma verdadeira Disneylândia para gourmets, com mais de 200 lojas no Canadá e EUA. Conheci as de NY e Miami e, se na próxima viagem quiserem me esquecer por lá, confesso, vou adorar.

Aposte nos franceses

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O que tem se ouvido falar nas rodas de bons apreciadores de vinho é que uma das melhores relações custo-benefício são os franceses, safras 2009 e 2010. Já na colheita, em 2009, os enólogos franceses chamavam a atenção da imprensa mundial especializada para a qualidade excepcional das uvas, beneficiada pelo clima. Houve quem disesse que essa safra 2009 tinha tudo para se tornar a primeira grande safra do século XXI. Daí a recomendação: invista nos rótulos franceses 2009 e até 2010. Em supermercados e lojas especializadas, é possível encontrar garrfas de Merlot, Côtes du Rhone e Pinot Noir com preços excelentes, como é o caso do MALLARD GAULIN Bourgnone Pinot Noir 2009, a R$ 49,00. Não é uma pechincha, mas certamente, um bom investimento.

Alta literatura

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Há tempos não lia um livro com tanto prazer. Não pela história em si, nem pelo contexto. Mas pela forma literária. Ana Maria Machado, essa escritora brasileira conhecida por suas obras infantis de alto nível, proporciona uma viagem à boa literatura nesse livro para adultos: Infâmia. É aquele livro gostoso de ser lido porque é bem escrito, com palavras bem colocadas, de forma equilibrada e que valorizam nossa língua. Aliás, acabo de descobrir que dos mais de 100 títulos publicados por ela, nove são para adultos. Então, vamos lá descobrir esses outros oito. "Infâmia" também tem um argumento bom. Dois aliás. São duas histórias paralelas, cujos personagens se cruzam em alguns momentos. De um lado, um embaixador aposentado que busca desvendar a misteriosa morte da filha. De outro, um funcionário público que é acusado injustamente de corrupção. Coloque em sua cabeceira, vale a pena!

Felicidade azul

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Sim, é real! Este é o La Côte, restaurante de praia do hotel Fontaine Blue, em Miami Beach. O lugar é não só uma experiência gastronômica inesquecível mas um presente para os olhos e uma homenagem aos sentidos. Brisa fresca, mar azul, ambiente super confortável e charmoso, comida mediterrânea leve e despojada. Sem frescuras, autêntico e, contrariando todo o DNA francês, com bons e simpáticos garçons brasileiros, como o Arnaldo, que nos atendeu. Que aliás, está batendo um bolão na nova profissão se imaginar que há menos de um mês era cabeleireiro em Nova York. Cansou do inverno rigoroso, da sala fechada, do cheiro de alisamento japonês. Agora vive de bermudas, olhando para um mar que não tem tamanho e conhecendo gente bonita e detentora daquele humor típico dos que parecem viver em férias eternas e com um cartão de crédito sem limite. Arnaldo sabe das coisas. E foi ele quem recomendou que experimentássemos o Garlic Shrimp, uns camarões gigantes grelhados, muito frescos com alcachofras, polvo, limão e pão grelhado com alho. Como entrada, serve 4 pessoas. Olhem a minha logo abaixo. Ótima pedida por 25 dólares.

Correr, comer, viajar e amar

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Pra quem é adepto da corrida, mas também adora viajar, ver paisagens incríveis, beber bons vinhos e descobrir novas gourmandices, Montain Do do Deserto do Atacama, no Chile, é o canal. A prova do próximo ano, acontece no dia 17 de março e as inscrições já estão praticamente esgotadas (faltam 95, para ser mais precisa). Isso porque há um limite máximo permitido de pessoas circulando nesse paraíso ecológico mundial. Estivemos por lá na prova desse ano, na primeira edição do evento, e fomos surpreendidos por um cenário natural diferente de tudo o que já havíamos visto. É o ambiente mais inóspito do planeta, porém lindo. A cidade de San Pedro do Atacama é muitíssimo rústica, sem calçamento, e os atacameños, apesar de serem um povo muito primitivo, são altamente sorridentes e receptivos. Ficam em festa com a chegada dos atletas e turistas de toda parte do mundo. A gastronomia local é saborosíssima e natural, à base de abacate, mandioca e grãos antigos como a quinoa, que eles usam em tabules e saladas. O ceviche é outro prato apreciado por ali, com ingredientes muito frescos. Nas imediações alguns passeios são obrigatórios e inesquecíveis como o Vale da Lua, o Vale da Morte, os Gêiseres de Tatio, as Termas de Puritama, além dos Salares que são um espetáculo à parte, principalmente no pôs-do-sol. Há hotéis e pousadas para todos os gostos e bolsos, desde hospedarias simples até resorts como o Alto Atacama Lodge & Spa, um verdadeiro oásis no deserto. Corra pra fazer a sua inscrição e participar de uma prova diferente de tudo o que você já viu.

Cozinha show

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Para quem adora cozinhar e ama comer bem - assim como eu! - um restaurante em que se possa observar do salão o preparo dos alimentos e sentir todo o frisson da cozinha com cheirinho da cebola refogada, é simplesmente o máximo. O Juvia, em plena Lincoln Road, o calçadão mais badalado de South Beach, é um desses restaurantes que você se apaixona antes mesmo de experimentar a comida.  A cozinha, espetáculo à parte, é totalmente aberta para o salão.O ambiente todo, em tons cinza e violeta, com música lounge e muita bossa nova, tem dois jardins verticais exuberantes com o diferencial de ficar numa cobertura linda, em que se pode ver Miami 360º. O Juvia participa até o final desse mês do festival Miami Spice, então está oferecendo pratos de alta gastronomia a 29 dólares, como essas boxes super simpáticas de inspiração asiática. Eu escolhi a de carne suína, com arroz jasmine, salada caramelada e cupcake de cenoura. A do Róger Bitencourt, o maridão, foi de um tipo de bacon com molho cítrico, risoto de funghi, salada de algas e o mesmo cupcake gracinha. Escolhas acertadas!



Como era gostoso o meu francês

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Em 33 cidades brasileiras, inclusive Floripa, está acontecendo um dos festivais mais legais do ano, o Festival Varilux de Cinema Francês. São 17 filmes, com exibições diárias, e entre eles alguns estrelados como o premiado “Intocáveis” (Intouchables), de Olivier Nakache e Éric Toledano. Com François Cluzet e Omar Sy, o longa foi o fenômeno absoluto de bilheteria na França em 2011, um dos filmes mais vistos na história do cinema francês, levando aos cinemas mais de 20 milhões de pessoas. Entre outros importantes títulos no Festival Varilux estão vários filmes que foram exibidos no último festival de Cannes 2012, como "Adeus Berthe - o enterro da vovó" (Adieu Berthe ou l'enterrement de Mémé), de Bruno Podalydes; "Aliyah" (Alyah), de Elie Wajeman; "O Barco da Esperança" (La Pirogue), de Moussa Touré; e filmes que serão lançados em breve no mercado brasileiro como "E agora, aonde vamos?" (Et maintenant on va ou ?), de Nadine Labaki ; "Uma garrafa no mar de Gaza" (Une bouteille à la mer), de Thierry Binisti ; "Um evento feliz" (Un heureux événement), de Remy Bezançon ; "A Filha do Pai" (La fille du puisatier), de Daniel Auteuil ; Paris-Manhattan", de Sophie Lellouche ; "A arte de amar" (L'art d'aimer), de Emmanuel Mouret ; "Polissia" (Polisse), de Maiwenn ; "Titeuf", de Zep ; "My Way, O Mito Além daMúsica" (Cloclo), de Florent Emilio Siri ; "A Vida Vai Melhorar" (Une Vie Meilleure), de Cédric Kahn ; e "O Monge" (Le Moine), de Dominik Moll. Na contramão das indicações dos "mais-mais" pela mídia especializada, assisti ontem o "My Way, o Mito Além da Música" e adorei! O filme conta a história de Claude François, o Cloclo, um dos maiores cantores de música popular francesa, que fez um sucesso louco na sua curta trajetória artística (ele morre tragicamente aos 39 anos de idade) e vendeu mais de 67 milhões de discos. Foi ele quem fez a canção "My Way", cuja versão americana ficou eternizada na voz de Frank Sinatra. O filme mostra também os bastidores da construção de um ícone da música e o empirismo de um marketing pré-internet, redes sociais ou globalização. Divertido e tocante. Um pouco longo, 2h28min, mas não dá para sentir o tempo passar. O Festival Varilux de Cinema Francês tem co-patrocínio da Aliança Francesa e em Florianópolis está no Paradigma Cine Arte, na SC-401, até esta quinta-feira, dia 23. Ingressos a R$ 14,00 e R$ 7,00.



Cores bem temperadas

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Quem estiver em Punta Del Este não pode deixar de conhecer o simpático ateliê do artista urugaio e autodidata, Ignacio Zuloaga. É provável que você o veja lá pintando e fazendo seus experimentos, ao mesmo tempo em que ele conversa com os visitantes, vende telas, despacha obras para todo o mundo, e conta histórias. A arte de Ignacio Zuloaga impressiona pelos traços fortes e pela intensidade e diversidade de cores numa única obra. As telas são imensas, dimensões proporcionais à força das suas criações. A identificação com o traço do artista é subjetivo, mas o impacto é inevitável. O ateliê fica na Ruta 10, km 159, em La Barra. Estacione o carro por ali e aproveite para visitar a pé outros muitos ateliês, galerias de arte, lojas de antiguidades e outras delícias culturais hechas in Uruguay. Se não puder ver ao vivo, vale conferir algumas das suas obras no site do artista: http://www.zuloagaatelier.com/index.html.


Chef Vitor Gomes dá a receita

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Carré francês. Essa é a opção de 9 entre 10 glutões. Basta que ele esteja no cardápio. Dos cortes de cordeiro é o mais elegante e certamente um dos mais saborosos. O Chef Vitor Gomes, do Ponto G (bistrô com gastronomia autoral, sucesso absoluto em Florianópolis e que eu ainda, vergonhosamente, não conheço), mandou pra gente a sua receita especialíssima do Carré Francês em Crosta de Ervas. Fique atento para a técnica de grelhar antes de colocar no forno. Esse truquezinho sela o filé e impede que o sumo da carne se perca no cozimento, desidrate e deixe as fibras rígidas. Veja lá, inspire-se e mãos à obra! 

Crosta de Ervas
3 fatias de pão de forma sem casca
Salsinha, alecrim, tomilho, cebolinha, hortelã
2 dentes de alho
2 colheres de manteiga
Doure o pão no forno, coloque no liquidificador já picado e os demais ingredientes. Ligue e desligue o liquidificador e mexa com uma colher quantas vezes for necessário até obter uma pasta.

Carré Francês
4 unidades de carré
mostarda Dijon
crosta de ervas
Limpe o carré, tempere com sal e pimenta e grelhe rapidamente. Passe de um lado do carré grelhado, com a ajuda de um pincel, a mostarda Dijon e empane com a crosta de ervas. 
Leve ao forno para finalizar até que a crosta esteja dourada. 

Um bom acompanhamento? Siga a sugestão do mestre: Purê de Batata Baroa e Legumes Frescos regados com Azeite de Hortelã. E se achar que fazer em casa não é a sua praia, vá diretamente ao Ponto G. Reservas pelo fone: 48 8827.1911


Harmonizando vinhos e ouvidos

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Cabernet Sauvignon, Merlot ou Pinot Noir? Diana Krall, Chet Baker ou Carla Bruni? A Winebrands, importadora paulista que oferece os vinhos mais descolados do planeta, lançou uma playlist sensacional para harmonizar vinhos e ouvidos. Para cada tipo de uva há cinco opções de músicas, que foram escolhidas a dedo por uma pesquisadora. A seleção é uma delícia, com intérpretes de primeira linha, em álbuns históricos e que convidam a uma boa taça. Acesse a playlist criada para o evento Winelounge e separe uma boa garrafa para logo mais à noite: Wine Lounge Playlist



Qual é a boa de Punta?

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Esse balneário uruguaio, famoso pelas baladas e pelos milionários e celebridades que desfilam por ali nas temporadas, é na verdade um paraíso para quem curte enogastronomia. Numa passagem rápida por Punta Del Este nesse último final de semana, um dos amigos que nos acompanhavam, Pita Bittencourt, deixou seu tempero para o blog contando uma das boas experiências. Confira:

"Sempre uma boa opção para quem visita Punta Del Este, seja veterano ou marinheiro de primeira viagem, o tradicional restaurante Lo de Tere proporciona momentos magníficos com excelente cozinha e muito boa carta de vinhos, além de maravilhosa vista do porto. Desta vez experimentei os famosos raviólis tingidos com tinta de polvo e recheados com carne de siri (foto abaixo), uma bela escolha que foi acompanhada do bom Pinot de Carlos Pulenta. Salud!" Pita Bittencourt.


Para reservas e informações, acesse o site: http://www.lodetere.com/. O restaurante fica na Rambla Del Puerto, próximo à Calle 21. Telefone: 00598 (42) 44 04 92.

L'Incanto de Punta Del Este

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Fetuccine com molho de queijo e limão
L'Incanto, restaurante que abriu há duas temporadas em Punta Del Este, veio realmente para encantar. Sabe aquele restaurante que você visita a cada seis meses e ele consegue manter o alto padrão de atendimento e cozinha? O L'Incanto é assim. Além de ser uma obra de arte arquitetônica, com amplos salões envidraçados para um jardim surpreendente, decoração contemporânea e referências das culturas uruguaia e italiana, o L'Incanto está situado num dos bosques mais lindos de Punta, na Pedragosa Sierra. A gastronomia, mescla as tradicionais receitas da terra de Puccini com um toque da cozinha moderna, principalmente na apresentação contemporânea dos pratos. A massa é fantástica: tanto as recheadas quanto os longuinis têm o bom sabor da tradição artesanal e a textura firme que só a farinha de grano duro de boa qualidade é capaz de dar. Uma das opções, simples demais, é altamente saborosa: fetuccine de queijos com toque de limão e manjericão. Das quatro vezes que estivemos nesse restaurante, sentimos que os preços foram ficando mais altos. Na última, sábado passado, já dava para sentir uma grande diferença. É provável que essa tenha sido uma forma de selecionar ainda mais o público, já que na temporada de verão as reservas precisam ser feitas com antecedência e, mesmo assim, a espera pode chegar a uma hora e meia. Acesse o site para mais informações e veja outras boas opções de pratos: http://www.incantopunta.com/

Ambiente rústico e muito aconchegante

Pornô para mamães em cinquenta tons de clichês

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Dói um pouco na alma quando a gente vê algumas obras com questionável valor literário ascender às listas de livros mais vendidos. Esse é o caso de "Cinquenta tons de cinza", best seller erótico que chegou ao Brasil no final de julho e já tem mais de 150 mil exemplares vendidos, que se somam aos mais de 40 milhões em todo o mundo. Apimentada, a trilogia narra a relação entre uma recatada jovem de 21 anos, Ana Steele, que cede às exigências sexuais de um empresário bilionário, Christian Grey, adepto do BDSM (universo que engloba o sadomasoquismo, dominação, submissão, disciplina e o uso de cordas para amarrar o parceiro durante a relação sexual). Não há trechos com erotismo velado. É tudo muito descritivo, nos mínimos detalhes e sensações. E deve ser exatamente isso que seduziu com tanta força os lares conservadores americanos e agora conquista o público feminimo brasileiro. Já ganhou o apelido de "pornô para mamães". Mas a literatura de E. L. James, ex-produtora de TV britânica e que não havia publicado nada desde então, não tem, nem de longe, o talento literário, ou a sutileza de outras obras libertinas, a la Marquês de Sade. O texto é quase teen (lembra Crepúsculo, Lua Nova e outras bobagens do gênero), cheio de clichês e muito, mas muito, repetitivo. Apesar disso, vai ganhar uma adaptação para o cinema, e tem duas sequências, "Cinquenta tons mais escuros" e "Cinquenta tons de liberdade", os dois chegando nas livrarias brasileiras por agora. Aviso: não vou contribuir para que estes também figurem no topo das listas dos mais-mais. Como se isso fosse mudar alguma coisa.

NY, a Disneylândia da gula

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Ir a Nova York é ter acesso ao melhor da gastronomia mundial em uma única cidade. Só Manhattan tem 30 mil opções de restaurantes. Ou seja, é cada vez mais difícil fazer aquela lista consensual dos "top ten". Mas juro que eu tentei e, depois de alguns anos viajando para NY, selecionei alguns dos melhores que conheço. Quer conferir? Então acesse a Revista ao Ponto (pag. 16 a 31) que publicou a matéria que escrevi. "Nova York, um convite irrecusável à gula". Revista ao Ponto

Pão, azeite, vinho e amigos. Combinação mais que perfeita!

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Um dos maiores e mais emblemáticos chefs de todos os tempos, o lendário cozinheiro francês Paul Bocuse, disse certa vez a um jornalista, quando perguntado sobre a melhor comida que ele já tinha provado em mais de seis décadas de profissão, que a sua melhor experiência gastronômica tem sido a combinação de um azeite excepcional e um pão bem feito. Está aí para ele toda a essência do sabor: natural, simples, genial e original. Acho maravilhoso receber os amigos em casa, com um pão feito por mim mesma, um bom azeite e um vinho para acompanhar. É uma espécie de homenagem pessoal ou de doação que você faz para quem você gosta e que depois você compartilha em clima de festa. Na foto, o pão maior é o que costumo fazer (todos os meus amigos já o conhecem) e os outros (ciabatta, australiano, baguete) eu os compro prontos para compor uma cesta simpática de boas-vindas num jantar. Não sou nenhuma expert em pães e, por isso mesmo, vou deixar a receita dele para vocês porque o resultado agrada geral.


Massa:
1/2 kg de farinha de trigo especial
1 xícara de água
2 colheres de sopa de azeite de oliva
1 colher de café de sal
1 colher de sobremesa de açucar
5 gr de fermento biológico seco (aquele de envelope, metade dele)

Como eu faço:

Coloco a água e o azeite num pote redondo e largo, vou adicionando a farinha, o açúcar e o sal e vou mexendo. Quando já estiver bem homogêneo coloco o fermento. E dou uma primeira sovadinha, acrescentando farinha se necessário (sempre é). Se você tiver máquina de fazer pão, coloque todos os ingredientes de uma vez e acione a função "amassar". Deixo descansando dentro desse bowl mesmo, por uma meia hora, coberta por um pano de louça.
Depois coloco na pia, com um pouco de farinha, e dou uma sovadinha melhor, nada mais que cinco minutos. Deixo descansando novamente, por mais 30 minutos pelo menos (na verdade, eu acho que quanto mais tempo ficar descansando melhor, uma vez deixei o dia inteiro enquanto estava trabalhando, e acho que foi o melhor pão de todos).

Depois é só abrir a massa, colocar o que você tiver disponível na geladeira dentro (sugestão: mortadela, lombinho, linguiça calabresa, tomate, azeitona, cebola, queijo, orégano, o que quiser, só não convém colocar recheios "molhados" tipo tomate seco no azeite ou molho de tomate, porque afeta o crescimento da massa). Eu abro como pizza, recheio como se fosse pizza, aí junto as pontas no centro da massa, viro ao contrário e ajeito para ficar redondinho. Em cima da massa coloco um pouco de sal grosso e páprica picante. E faço pequenos cortes com a faca em desenho de asterisco.

Asso por meia hora, em 250 graus mais ou menos. Ele não precisa dourar muito, senão fica ressecado. Para saber se ele está assado, eu o viro ao contrário e dou umas batidinhas, se der aquele som de "oco" é porque já assou por dentro.



Na hora de servir, um bom azeite é suficiente. E, de preferência, deixe as pessoas partirem o pão com suas próprias mãos. Fica intimista e - não sei o porquê - mais saboroso.

Entre os melhores do mundo

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Toro Loco, esse tempranillo espanhol safra 2011 que chegou ao Brasil em 120 mil garrafas no mês passado e já está com o segundo lote - prometido para novembro - totalmente esgotado, foi considerado um dos melhores tempranillos do mundo. Produzido na região Utiel-Requena, foi degustado na Competição Internacional de Vinhos e Destilados do Reino Unido, onde custa apenas 3,59 libras (aproximadamente R$ 11,50). No teste, ele superou rótulos até dez vezes mais caros. No Brasil foi vendido com exclusividade pela Wine a R$ 25,00, um preço ótimo na relação custo-benefício. Mas eu ganhei quatro garrafas do amigo Pita Bittencourt, grande apreciador de vinhos, que conseguiu arrematar algumas caixas na importadora, descobrindo que nem sempre o melhor é o mais caro. Esse vinho, que degustei entre bons amigos com aperitivos leves, é muito fácil de ser combinado com qualquer prato. Por ser um tempranillo, tem uma característica leve, frutada, e harmoniza muito bem com um antepasto à base de legumes e queijos ou até mesmo com aquela pizza do sábado à noite. Mas agora "Inês é morta" e o negócio é torcer para que um terceiro lote surja até o fim do ano. Estou na lista de espera.

Borsalino, una bella scoperta

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O clássico chapéu italiano que deu nome ao restaurante


Chef Pietro Neroni
Na última ida ao Rio a trabalho, um cliente de paladar exigente e hábitos pra lá de sofisticados, me apresentou o Borsalino, restaurante italiano na Barra da Tijuca e reduto de empresários e famosos do Projac. Bela descoberta. Só para mim, claro, porque a casa já está lá há décadas, colecionando prêmios consecutivos de melhor italiano do ano, melhor restaurante da Barra, melhor de O Globo, melhores da Veja e por aí vai. O Chef Pietro Neroni, nativo da Região Marche, área central da Itália, é o dono e chef do local. Também foi ele o responsável por homenagear a famosa e tradicionalíssima marca de chapéus Borsalino com o nome do seu restaurante. O ambiente é aconchegante, mas não chega a ser sofisticado. A varanda onde ficamos - nosso grupo tinha sete pessoas - é despojada e acolhedora, e ainda dá vista para uma charmosa micropracinha com um chafariz em ferro fundido que tem mais de 100 anos. Minha experiência gastronômica começou com uma Burrata (que chega da Itália ao restaurante duas vezes por semana) acompanhada de um tenro Parma. Regado a um tinto Catena Zapata, fui certeira num dos clássicos da casa: Ossobuco de Vitelo com Polenta Mole. Simplesmente maravilhoso, porém absurdamente grande para uma única pessoa. O exagero se repetiu nos demais pratos pedidos pelo grupo: massas, camarões, lagostas, paleta de cordeiro. Nossa mesa mais parecia o cenário do filme A Festa de Babette. Na próxima ida ao Rio, certamente vou tentar incluí-lo na agenda, ao lado de tantos outros clássicos cariocas maravilhosos como o Antiquarius, o Gero, o La Fiducia, o Olympe, o Mr. Lam, o Cipriani, o Marius, o Fasano Al Mare...
Ossobuco de Vitelo

Ervas frescas e à mão

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Cozinhas contemporâneas ganham hortas orgânicas verticais
água saborizada com ervas do quintal
Quem cozinha sabe a diferença quando utilizamos temperos frescos, de preferência colhidos na hora. Sem ter que passar por embalagens, mãos inábeis, transporte rude, geladeira e outras agressões, o aroma dessas ervas é bem mais intenso e a folha preserva o formato perfeito para decorar um prato. Por isso, inevitavelmente, quem cozinha tem sua hortinha particular.Eu tenho a minha. E não importa onde e nem o tamanho. Pode ser numa pequena floreira, num vaso na janela, num pedacinho de terra atrás do quintal e até dentro de uma garrafa pet. Vale tudo para ter à mão galhinhos e folhinhas aromáticas de alecrim, orégano, manjericão, hortelã, salsa e cebolinha. Estas, aliás, são as mais fáceis de cultivar e manter. Você pode comprar as mudas numa casa de agropecuária (custam em média R$ 0,10 cada) e plantar com um bom espaçamento para que cresçam. Pode também semear com aqueles pacotinhos que hoje se acha até em supermercado - e dá super certo. Ou ainda comprar os vasos já formados em lojas de paisagismo e apenas mantê-lo em sua cozinha. A minha, em casa, está em quatro floreiras com mais ou menos um palmo e meio de profundidade. Isso é importante se você pretende cultivar ervas mais robustas, do tipo alecrim ou hortelã, que precisam de mais terra. Só sei que é uma delícia finalizar um prato com ervas frescas colhidas na hora. Ou ainda fazer uma água aromatizada naturalmente para ser servida num brunch ou como acompanhamento de um vinho. Para fazer: colha pequenos ramos de hotelã, alecrim e manjericão, lave com um jato de água, sem esfregar as folhas. Coloque no fundo de uma jarra com uma rodela de limão siciliano e cubra com água gelada. Deixe repousar por 30 minutos e sirva, acrescentando gelo se preferir. Você vai se surpreender com o aroma e o sabor.
Floreiras são boa opção para plantar um mix de temperinhos






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