Quantcast
Channel: Posts temperados
Viewing all 83 articles
Browse latest View live

Woody Allen e John Turturro retomam parceria em "Amante à Domicílio"

$
0
0
"Amante à Domicílio", a estreia dessa semana, tem a direção de John Turturro, que além de ser o protagonista, assina também o roteiro. Mas é Woody Allen quem imprime todo o seu estilo. Apesar de não dividir a direção com Turturro e de não ter contribuído para a construção da história, a volta de Allen às telonas na impagável pele de um "livreiro-cafetão" foi suficiente para dar sua cara à obra. Some-se a isso algumas peculiaridades recorrentes nos filmes que levam seu carimbo: a história se passa em Nova York e a trilha traz algumas deliciosas faixas de jazz instrumental, além de uma música em italiano na voz doce e envolvente de Vanessa Paradis (ouça aqui)







A comédia vale quanto custa: há cenas estupidamente engraçadas como quando Murray (Woody Allen), um livreiro à beira da falência, utiliza de todos os argumentos para convencer Fioravante (John Turturro), funcionário de uma floricultura em NY, de que ele é sexy e que deveria aceitar a proposta de tornar-se um amante à domicílio. E aí se arma a coisa toda: Fioravante, que não é do ramo, não é um homem bonito e é pobre, será agenciado por Murray, um intelectual igualmente pobre e falido, para transar com a sensualíssima e inteiraça Sharon Stone, a doutora Parker. E eles ainda vão ganhar muito dinheiro por isso. Tudo começa quando a médica dermatologista de Murray pede a indicação de um amante a domicílio para poder trair o marido, um esportista que viaja muito e não lhe dá atenção, e também para depois fazer um mènage a trois com sua melhor amiga, mais nova, sexy e milionária que ela, vivida por Sofia Vergara.


Os negócios aumentam, Fioravante passa a atender várias clientes, até que entra em cena a viúva judia Avigal, na pele de Vanessa Paradis (a mesma que canta o jazz italiano marcante da trilha). E a partir desse novo componente, evidencia-se mais uma obstinação de Allen, a crítica nem sempre sutil à sua própria origem, a comunidade judaica. Num tribunal de judeus ortodoxos é mostrada toda a opressão da mulher em uma cultura altamente machista. Em outra ponta, mostra-se toda a solidão, a falta de carinho e de atenção das mulheres que buscam o amante profissional. Mas em algum momento, o filme perde a força. Não perde a graça e nem o talento da dupla enfraquece, mas a história que começa com um argumento forte parece não se desenvolver com a grandeza anunciada. O que fica ao final, além da boa trilha e das risadas frouxas, é a certeza de que todos nós, homens ou mulheres, precisamos de contato e de carinho.
Assista aqui ao trailler de "Amante à Domicílio"




Na próxima viagem, que tal trocar o tradicional hotel por um apê, um castelo, uma casa na árvore...

$
0
0
Nada contra turistar. Adoro ser turista, comprar guias, visitar lugares super indicados e tudo o mais. Na verdade eu sou turista até mesmo na cidade que vivo, Florianópolis. Mas confesso que tenho buscado nos últimos tempos uma forma diferente de enxergar os lugares por aí. Principalmente quando já não é a primeira vez que visito. E uma das formas de tentar mergulhar na cultura local e viver como um nativo passa pelo tipo de estadia escolhida. Lá em casa, temos optado com frequência por alugar um apartamento em detrimento do habitual hotel.  E essa troca sempre traz vivências incríveis. Você ganha vizinhos de verdade que podem render dicas diferenciadas de passeio, você compra pão na padaria e descobre o jeito de viver e de ser das pessoas daquele bairro, eventualmente você cozinha em casa e descobre a cultura local, o legume que está na época, tenta reproduzir uma boa experiência gastronômica, testa equipamentos e eletroportáteis que não existem onde você mora.

Le Marais, bairro para viver alguns dias como um parisiense
Em Paris, na penúltima vez, fizemos isso. Família toda e mais uma amiga resolvemos alugar um apartamento no bairro do Marais e viver como parisienses por uma semana. Funcionou muito bem. O lugar era charmoso, tinha tudo o que precisávamos e sem ostentação e, tirando o fato de ser no quinto andar de um prédio sem elevador, era muito confortável. Ali cozinhamos, assistimos tv local, interagimos com a vizinhança, convidamos amigos para um esquenta em casa, alugamos bikes e vivemos o bairro por inteiro. A sensação de ser um morador da cidade é muito boa e nos faz pensar, comparar, e até ver que muitas coisas que reclamamos no Brasil não fazem o menor sentido.


O legal e seguro é buscar uma locadora confiável, que te dê garantias e que tenha atenção principalmente com relação à limpeza pré-ocupação e um esquema confiável de entrega e devolução das chaves. Nossas experiências foram sempre com a Airbnb. Esses caras têm nada menos que 350 mil anfitriões em 192 países do mundo. E as ofertas vão de pequenos studios a apartamentos de luxo, passando por castelos e até casas na árvore. Tem de tudo.


sala da houseboat que alugamos em Amsterdã
Em Amsterdã, por exemplo, ficamos no ano passado numa casa-barco sensacional. Pela diária de um Ibis, nos hospedamos numa embarcação histórica que serviu a primeira grande guerra, com mais de 150m2 de área interna, totalmente reformado, móveis super design, cozinha equipadíssima, até lareira na sala tinha. E de brinde uma vista permanente da baía urbana da velha Amsterdã.



Então, não vale se arriscar na próxima viagem?


CONHEÇA ALGUNS DOS SITES MAIS POPULARES PARA ALUGUEL DE TEMPORADA

O Airbnb está presente em quase 200 países e tem como principais destinos cidades como Nova York, Paris e Rio de Janeiro. Há apartamentos, casas, quartos privados e até compartilhadoswww.airbnb.com
O AlugueTemporada existe desde 2001 e se especializou no aluguel de imóveis por temporada dentro do Brasil. Em 2010, o site foi comprado pela rede internacional HomeAway, que incluiu a oferta de propriedades em outros paíseswww.aluguetemporada.com.br
O BahiaHomes trabalha com aluguel por temporada e venda de casas de alto padrão na Bahia. O valor cobrado inclui serviços de arrumadeira e caseiro e ainda há a opção de contratar massagista e babáwww.bahiahomes.com.br
O Homelidays tem aproximadamente 75 mil acomodações distribuídas por 100 países, mas a maior oferta está mesmo na Europa, sobretudo França e Reino Unidowww.homelidays.com
No QuickHome é possível alugar por temporada mas também fazer a troca de casas. Há opções de imóveis luxuosos e mais simples no Brasil e no exteriorwww.quickhome.com
O Welcome2BA oferece, além do aluguel de apartamentos mobiliados em Buenos Aires, o serviço de traslado do aeroporto até o imóvel, além de passeios turísticoswww.welcome2ba.com

The Family Coffee Shop, a boa surpresa da semana!

$
0
0


O lugar é bem pequeno e super charmoso, cheio de pôsteres de grandes ídolos do cinema, das artes plásticas e da música. O lado de lá do balcão abriga máquinas de café expresso, chás orientais e xícaras que, só pelo design e procedências diversas, já valem a visita. O The Family Coffee Shop, no bairro Santa Mônica, em Floripa, que já era um point consagrado daqueles que curtem "espressos" de alta qualidade, agora surpreende com seus almoços executivos. 


Regular water: cortesia sustentável

Estive lá na terça-feira, por indicação de uma colega de trabalho na Fábrica de Comunicação. Nesse dia o cardápio era vegano (nem sempre é) e já adorei as boas vindas: uma garrafa de vidro old fashioned, com água filtrada e gelada, oferecida como cortesia. É a chamada regular water, ou tap water, tão popular nas mesas dos restaurantes de NY e de outras grandes cidades nos EUA e na Europa. Sustentável e simpático.





pétalas gratinadas de batata
caponata de beterraba
salada com mostarda e flocos de chia

Mas o melhor veio depois. De entrada, folhas verdes (dois tipos de alface, rúcula e espinafre) com molho de mostarda e flocos de chia e gergelim. Prato principal: um gratinado de pétalas de batatas com recheio de champignon Paris fresco, acompanhado de uma caponata de beterraba muito saborosa. Para fechar, um café longo tirado por quem entende do assunto. E precisa mais? Anota aí o endereço: Madre Benvenuta, 1157. Almoço: R$ 20,00, de segunda a sexta-feira.
café expresso desenhado

  

Banca Del Vino

$
0
0
Esse post veio da Itália, colaboração do jornalista, marido e quasi un italiano vero, Róger Bitencourt. Vejam que interessante: 

Uma caixa forte, instalada num castelo milenar, para preservar a memória dos grandes rótulos italianos
O interior da caixa forte: 100 mil garrafas












Os italianos são apaixonados pelo vinho. Mais do que isso, tem no vinho uma cultura. Produzem vinhos de mais de 1.500 diferentes variedades de uvas e se orgulham de ter os melhores vinhos do mundo (no que são contestados pelos franceses). Para preservar a memória histórica do vinho italiano, existe em Pollenzo, na região de Langhe, a  Banca del Vino. A instituição foi criada em 201 para preservar os grandes rótulos italianos e guarda hoje cerca de 100 mil garrafas daqueles que são considerados os melhores vinhos italianos. 



Sala de degustação e cursos
São 900 tipos diferentes de vinho de cerca de 300 “cantinas” de todas as regiões da Itália. Uma parte dessa garrafas  (40%) é utilizada para venda e desgutações dentro da cava que abriga a Banca e o restante fica salvo no banco para sempre ou até quando se decidir abrir para degustar, não antes de um prazo de 20 anos. 

Alguns são verdadeira preciosidades e ficam na caixa forte da Banca, instalada em um belíssimo castelo milenar. As visitas são guiadas, enquanto você degusta alguma das preciosidades da Banca, que também conta com espaço especial para cursos de degustação acompanhada por renomados sommeliers e laboratórios temáticos.  

Róger Bitencourt exercendo os ossos do ofício
A Banca é um lugar único no mundo, onde se pode conhecer a “Itália dos grandes vinhos”. Junto a Banca funciona um restaurante aberto ao público e a Universidades de Ciências Gastronômicas da Itália. 


Conheça mais sobre a Banca no site www.bancadelvino.it.



O que os homens falam?

$
0
0
Elenco estelar e diálogos bem construídos fazem desse longa espanhol uma comédia irônica sobre os medos e fracassos de oito homens em plena crise da meia idade. Sem machismos e sem idealizações, o filme mostra nua e cruamente que eles têm um longo caminho a trilhar até descobrir como lidar com o perfil independente da mulher







O sexto longa de Cesc Gay como diretor está dando o que falar. Ou melhor, o que não falar.  A comédia romântica espanhola O Que Os Homens Falam chega às telonas brasileiras com uma peculiaridade: as salas lotadas de mulheres. Todas elas ávidas por descobrir, enfim, o que eles falam. Mas, infelizmente, não será dessa vez. O título em português, mais vendável que o original Una Pistola em Cada Mano, engana a torcida. A narrativa, construída pelos dramas de cada um dos oito personagens masculinos, reunidos em seis pequenas histórias, mostram muito mais o que eles omitem – para si mesmos e para o mundo - do que propriamente o que verbalizam.

Fernandez e Sbaraglia: um falido, o outro com crises de pânico
A boa do filme está no elenco. Cesc Gay reuniu grandes nomes do cinema espanhol e argentino, como Javier Cámara, Ricardo Darín, Eduardo Noriega e Eduard Fernández.  Darín aliás, que posa de protagonista nos cartazes de divulgação do filme, não é mais e nem menos que os seus companheiros de tela. Não há um personagem principal, todos tem seu peso bem distribuído. Pode-se dizer que O que os Homens Falam é uma comédia inteligente sobre os anseios e medos de homens na crise da chamada meia-idade, que há muito perderam o viço da juventude e experimentam, cada um a seu modo, o gosto amargo de situações mal resolvidas. Tem o drama do marido traído, do que está falido e volta a morar com a mãe aos 46 anos de idade, do que ficou broxa, do desesperado para voltar com a ex-mulher que ele traiu, do casado com filho pequeno que quer trair a mulher. Aliás, traição é um tema recorrente, que permeia a maioria das histórias, mas sem apoiar-se num tom moralista, felizmente. Diferentes ângulos do tema são revelados na fala dos personagens e suas relações mais e menos complexas. Amigos, colegas de trabalho, namorados, amantes casuais: todos estão sujeitos à infidelidade.



A graça está na ironia

 Tosar e Darín numa das cenas-síntese do filme, conversa sobre traição
Se numa comédia romântica americana o riso fácil e o apaixonado beijo final são figurinhas carimbadas e obrigatórias, nessa produção espanhola é melhor não esperar nem por uma coisa, nem por outra. A ironia bem construída nos diálogos é a principal responsável por ensaiar no espectador um riso aqui, outro ali adiante. Nada debochado, nada gargalhado. A graça  sutil é altamente irônica, como quem ri das suas próprias fraquezas e vulnerabilidades. A narrativa sensível e franca mostra que o cômico é patético e que os homens, antes dominadores, perderam as próprias amarras e estão à deriva.

O enredo do filme é contemporâneo, demasiadamente realista. E é essa aproximação com a vida real que traz a identificação, o laço para nos manter atentos até o fim às histórias que eles nos contam. Difícil é assistir ao filme e não ver ali alguém que conhecemos: um primo, um amigo, um ex-marido.

O longa foi rodado em Barcelona, mas é difícil num primeiro momento descobrir a cidade por trás das histórias. Ou a força dos diálogos rouba a atenção do espectador, ou a ideia de Cesc Gay foi mesmo a de deixar a sua cidade natal oculta. A maioria das cenas são internas: hall de elevadores, apartamentos, escritório e uma loja de vinho. A exceção fica por conta de uma praça onde Darín senta ao lado de Luis Tosar para descobrir o amante da esposa, que mora num dos prédios vizinhos. Há também uma sequência de cenas noturnas de uma Barcelona chuvosa vista pela janela do carro onde ocorre um dos diálogos.

As imagens-síntese de O que os Homens Falam monstram sempre um diálogo truncado, provocado pela complexidade das histórias de cada um e da dificuldade de se expor. Às vezes há um silêncio constrangedor e as duplas optam por conversar amenidades e evitar tratar o que realmente os aflige. Ou seja, o tema do filme nada mais é do que a  dificuldade que os homens tem de falar de si mesmos.

À exceção do pouco criativo final do filme, pode-se dizer que o longa de Cesc Gay é uma boa pedida, com bons diálogos e bons atores. Uma pena é que eles não falam tudo o que nós mulheres há séculos tentamos descobrir.

Veja a coluna na íntegra no Jornal Imagem da Ilha: http://www.imagemdailha.com.br/noticias/colunista/karin-verzbickas.html



Hamburguer homemade, tem coisa melhor?

$
0
0
Assim, grelhado na churrasqueira, já é provocação!
Um hamburguer feito em casa tem seu valor. E tem o seu jeito, o seu tempero preferido, o tipo de carne que você mais aprecia, a espessura ideal, o ponto de cozimento predileto. E outra, com os ingredientes e a forma de preparo escolhidas, você define quantas calorias ele vai ter.
É claro, fazer exatamente como você gosta, exige um certo treinamento. A gente não acerta de primeira, mas vai fazendo um ajuste aqui, acrescentando outro ingrediente ali e, voilà, um dia ele surge tranquilo e infalível como Bruce Lee, apaixonadamente como Peri!


Vou contar aqui a minha receita, inspirada no "Cadilac", do P.J.Clarke´s. Para mim o hambúrguer tem que ter mais carne pura que misturas. Ele tem que ter crocância, com cebolas por exemplo, e algum toque ácido, como pepino em conserva ou rúcula. O pão não pode ser massudo, volumoso. Precisa ser fininho, macio e de preferência aquecido. Dispenso totalmente as batatas fritas para acompanhar, assim como ketchup e outras americanices que sabotam o sabor original. 

Então ele ficou assim:

1 kg de patinho moído (peça ao açougueiro para limpar bem a peça inteira antes de moer e tirar qualquer sombra de gordura ou nervos que porventura vieram povoar o patinho. Ah, e diga para passar na máquina de moer duas vezes. A carne deve ficar cor-de-rosa)
1 envelope de creme de cebola Maggi (isso não é propaganda da marca, infelizmente não tenho esse patrocinador, mas é a marca que deu o melhor resultado nas minhas experiências)
2 dentes de alho crus, bem esmagados
1 colher de sobremesa de molho inglês
1 ovo inteiro cru
3 fatias de pão-de-forma embebidos em 2/3 de xícara de leite
pimenta do reino moída na hora
3 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem



Mãos à obra: esmague com os dedos o pão embebido no leite até formar uma pasta branca. Numa bacia grande, adicione ao pão desmanchado os outros ingredientes dessa lista aí em cima, tudo de uma vez. Como se fosse sovar uma massa, vá misturando tudo e amassando a carne e seus temperos.Tudo com as mãos. É meio grudento, mas aos poucos melhora.

Imperfeitos e maravilhosos
Pegue uma frigideira larga e besunte o fundo com óleo de soja (pouco, e espalhe com um guardanapo ou um pincel de cozinha). Antes de ligar o fogo, vá fazendo os hambúrgueres e colocando organizadamente na frigideira, deixando um espaço mínimo entre um e outro. Para moldar os hambúrgueres é bem simples: eleja uma medida qualquer, eu uso uma colher de sopa, e pegue essa quantidade da massa preparada. Faça uma bola com as mãos, depois achate, ajeitando com os dedos para o círculo ficar bonitinho. Lembre-se, é um hambúrguer homemade, então ele não deve ficar perfeito. Cuide para ele não ficar muito fino (perde sabor e fica parecendo aquelas porcarias processadas e congeladas em caixinhas) e nem grosso demais (corre-se o risco de ficar cru no meio). Com a mesma colher, vá fazendo os outros até a carne terminar. 

Acenda o fogo numa chama média e, quando começar a ouvir aquele chiado de coisas grelhando, conte 3 minutos e vire cada um deles com delicadeza (melhor é usar uma colher chata de silicone ou madeira para não furar e nem partir o hambúrguer). Deixe 3 minutos do outro lado. Coloque lâminas de queijo mussarela e desligue o fogo. Ele termina sozinho.

Enquanto isso, aos acompanhamentos:

Pão - eu prefiro o francês paulista ou o de trigo de Floripa (fatie ao meio e coloque no forno para aquecer com algumas borrifadas de água por cima - ele vai ficar crocante e quentinho em 1 minuto e meio)


Cebola com Shoyu: acompanhamento irresistível
Cebola do Cheddar McMelt - sou simplesmente apaixonada por esse item ianque do capital opressivo. E peguei a receita diretamente na fonte, com um amigo que é franqueado do McDonald´s: corte uma cebola em quadradinhos minúsculos. Não lave. Coloque umas duas colheres de sopa de shoyu. Leve ao microondas por 4 minutos, mexendo na metade do tempo. Se fizer na frigideira, fica mais saboroso, mas precisa adicionar azeite. Uma colher de sopa dessa cebola imperialista vai deixar seu hambúrguer caseiro simplesmente irresistível.

Pepino em conserva cortada em lascas finas
Maionese light para untar o pão (misturo duas colheres de sopa com 1 de sobremesa de mostarda preta)
2 folhas de rúcula 
Sem fritas, sem sal, sem catchup

Essa receita rende aproximadamente 15 hamburgueres gourmet, homemade e de alta qualidade.




Seis bons motivos para você não abandonar as locadoras

$
0
0

Uma nova onda surge no mundo das locadoras: as especializadas em filmes raros e exclusivos, aqueles que não podem ser encontrados na internet ou nas tvs por assinatura. Então, não se sinta ultrapassado se, qualquer dia destes, você simplesmente sair de casa para buscar um filme na locadora. É cult!


 Em tempos de Netflix, Sky On Demand e PopCorn-Time, buscar um filme na locadora da esquina parece um comportamento um tanto obsoleto. Mas há quem garanta que esse prazer de optar por um filme físico está longe de sair de moda. Isso porque, diferente das tradicionais locadoras do tipo Blockbuster, está surgindo no mercado um tipo de locação com um serviço bem mais sofisticado e, o melhor, dotado de um acervo exclusivo que não se encontra em nenhuma estante digital oferecida na internet ou pelas tvs por assinatura. É a chamada locadora cult, negócio que foi organizado com sucesso pelo Paradigma Cine Arte, em Floripa.


O empreendedor, e cinéfilo declarado, Frederico Didone, conta que o grande fato motivador para organizar um acervo exclusivo, em DVD e Blu-Ray, foi o de poder oferecer ao público o mesmo título exibido no cinema do Paradigma só que fora do restrito período em cartaz. “São filmes raros, exclusivos, títulos realmente impossíveis de serem garimpados na internet”, comemora. E não é para menos. Hoje a locadora do Paradigma conta com mais de 1.000 filmes, todos em pelo menos uma destas categorias: raros, exclusivos ou cult.

Outro ponto interessante é que nessa nova geração de locadoras presenciais acabou aquela correria para devolver o filme e, muitas vezes, levar de volta sem ter conseguido assistir. No Paradigma, o prazo de devolução é de nada menos que 15 dias, ou seja, dá para assistir até mais de uma vez aquele que se gostou mais, emprestar para um amigo, enfim, curtir o título. E nem por isso, o serviço é caro: três filmes por 15 dias, chuta? R$ 15,00. Praticamente uma meia entrada num cinema comercial.

Aproveitei a deixa e convidei o Frederico para selecionar entre os 1.000 títulos disponíveis, aqueles que não podem faltar na lista de qualquer ser humano e contemporâneo que goste de cinema. E assim, mexendo em centenas deles, prateleira a prateleira, chegamos a uma lista eclética, rica em estilos, em prêmios, que levam a assinatura de diretores brilhantes e nem tão famosos assim, mas que deixaram a sua marca. Ficou pra lá de interessante a nossa cinelist. Confira, anote e corra atrás se faltar algum título no seu acervo pessoal de vida.


1.     Hanami - Cerejeiras em Flor

Essa co-produção franco-alemã, dirigida por Doris Dorrie, foi lançada em 2008. A história é sensível ao extremo. Quando Trudi (Hannelore Elsner) descobre que seu marido Rudi (Elma Wepper) tem uma doença grave, ela sugere que ambos visitem os filhos em Berlim, sem contar a eles sobre o estado de saúde do pai. Como Franzi (Nadja Uhl) e Karl (Maximilian Brückner) não dão muita atenção aos pais, eles resolvem partir para o mar Báltico. É quando, subitamente, Trudi morre. Rudi fica devastado. Em contato com a amiga de sua filha, Rudi compreende que o amor de Trudi por ele havia feito com que ela deixasse de lado a vida que queria viver. Ele embarca então em uma última jornada, para o Japão, na época do festival das cerejeiras, uma celebração da beleza, da impermanência e de um novo começo. 2h7min.


2.     Medianeiras 

Com a direção assinada por Gustavo Taretto, esse longa argentino foi filmado em Buenos Aires e na Espanha. A história trata de forma romanceada o tema da solidão urbana. O protagonista Martin (Javier Drolas) está sozinho, passa por um momento de depressão e não se conforma com a maneira com a cidade de Buenos Aires cresceu e foi construída. Web designer, meio neurótico, pouco sai e fica grande parte do tempo no computador. É através da internet que conhece Mariana (Pilar López de Ayala), sua vizinha também solitária e desiludida com a vida moderna numa grande cidade. Pra quem não sabe, Medianeras é o nome que se dá para aqueles vãos entre dois prédios e na Argentina é proibido construir janelas nelas. Venceu como melhor diretor e melhor filme estrangeiro no Festival de Gramado de 2011. 1h35min.


 
3.     Lixo Extraordinário

Filmado ao longo de dois anos (2007/2009), Lixo Extraordinário acompanha o trabalho do artista plástico brasileiro Vik Muniz em um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro. Lá, ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis, com o objetivo inicial de retratá-los. No entanto, o trabalho com esses personagens revela a dignidade e o desespero que enfrentam quando sugeridos a reimaginar suas vidas fora daquele ambiente. A equipe tem acesso a todo o processo e, no final, revela o poder transformador da arte e da alquimia do espírito humano. Imperdível. Documentário dirigido por João Jardim, Lucy Walker e Karen Harley,  foi vencedor de prêmios de público nos festivais de Sundance e Berlim em 2010, além de ter sido indicado ao Oscar (Melhor Documentário) em 2011. 2h39min.
 
4.     Ferrugem e Osso

Baseado nos contos do autor canadense Craig Davidson, Ferrugem e Osso é um filme que coleciona indicações e prêmios. Esse drama francês, dirigido por Jacques Audiard, trata de uma história de amor imprevisível sobre todas as dificuldades físicas e morais. O cenário é o norte da França, onde Alain (Matthias Schoenaerts), boxeador, está desempregado e vive com o filho, de apenas cinco anos. Ele parte para a casa da irmã em busca de ajuda e logo consegue um emprego como segurança de boate. Um dia, ao apartar uma confusão, ele conhece Stéphanie (Marion Cotillard), uma bela treinadora de baleias. Alain a leva em casa e deixa seu cartão com ela, caso precise de algum serviço. O que eles não esperavam era que, pouco tempo depois, Stéphanie sofreria um grave acidente que mudaria sua vida para sempre. 2h00min.


5.     Os Sabores do Palácio 

Se você gostou de  A Festa de Babete, então surpreenda-se ainda mais com esse clássico contemporâneo. Dirigido por Christian Vincent e com uma fotografia impecável de Laurent Dailland, esse filme vai do drama à comédia no bom trabalho da atriz Catherine Frot. Ela é Hortense Laborie, uma respeitada chef que é pega de surpresa ao ser escolhida pelo presidente da França para trabalhar no Palácio de Eliseu. Inicialmente, ela se torna objeto de inveja dos outros cozinheiros do local. Com o tempo, Hortense consegue mudar a situação. Seus pratos conquistam o presidente pela simplicidade, mas terá sempre que se manter atenta, afinal os bastidores do poder estarão cheios de armadilhas. Esta é uma história real baseada na vida de Danièle Mazet-Delpeuch, chef particular do ex-presidente da França, François Mitterrand (Jean d'Ormesson). 1h35min.


6. Cada um com seu Cinema  

Quer uma aula sobre cinema? O atalho pode ficar bem mais saboroso com esse filme, que na verdade nasceu de uma encomenda de Gilles Jacob, presidente do Festival de Cannes, para a comemoração do 60º aniversário do evento. Esse longa é absolutamente único, reúne o modo como 33 cineastas de 25 países olham o cinema e as salas de cinema, lugar de comunhão dos cinéfilos do mundo inteiro. É um resumo autêntico do estado do mundo do cinema e das singularidade de cada cineasta. O tema que os une nesse trabalho é o amor pelo cinema e a diversidade dos filmes prova o quanto o entusiasmo por essa arte é praticamente universal. A direção é assinada por três respeitados cavalheiros no ramo: David Cronenberg, Manoel de Oliveira e Walter Salles. 1h59min.



Três lançamentos reacendem a velha paixão entre cinema e gastronomia

$
0
0
Quem nunca saiu do cinema com aquela vontade de jantar num restaurante maravilhoso? Ou de colocar um avental e ir para a cozinha fazer loucuras gastronômicas? Pois a fórmula de filmes que seduzem com gastronomia não é nova, mas continua funcionando muito bem. Tanto é que, somente neste mês, há três lançamentos do gênero aqui nos cinemas de Floripa



O filme “A 100 passos de um Sonho” (The Hundred-Foot Journey), com lançamento previsto para dia 28 de agosto no Brasil, já está deixando muita gente com água na boca antes da hora. A produção é de Steven Spielberg, Oprah Winfrey e Julieta Blake. E a história apaixonante. Ao Sul da França, mais precisamente no peculiar vilarejo de Saint-Antonin-Noble-Val, a respeitada e autoritária chef gastronômica Mallory (Helen Mirren) está cada vez mais preocupada com um restaurante indiano, o Maison Mumbai, que abriu ao lado do seu estabelecimento. Ela é proprietária e chef do Le Saule Pleureur, um restaurante francês clássico e estrelado do guia Michelin.

Helen Mirren impagável como a chef Mallory
O medo de Mallory é perder clientes para um vizinho não tão estrelado e sofisticado quanto ela. Ela acaba travando uma verdadeira guerra com o dono do restaurante que fica a 100 passos do seu portão, mas aos poucos conhece o filho do seu adversário, Hassan Kadam (Manish Dayal), um garoto com verdadeiro talento para a culinária. O conflito termina mesmo quando ela vê em Hassan uma paixão avassaladora pela alta culinária francesa e, claro, pela encantadora sous-chef da madame Mallory, Marguerite (Charlotte Le Bon). A mistura de talentos, de culturas e de sabores fazem desse filme uma aula de gastronomia e de vida.

Outro lançamento que promete abalar o paladar é "Onde Está a Felicidade?", comédia romântica escrita e estrelada pela brasileiríssima Bruna Lombardi, que surfa com domínio nessa onda gastronômica. O longa se passa em Viña Tondonia, tradicional vinícola riojana, fundada em 1877 pela família López Heredia. Na coprodução Brasil-Espanha, dirigida por Carlos Alberto Riccelli, Teodora (Bruna Lombardi) apresenta um programa de receitas afrodisíacas na TV e é casada há 11 anos com Nando (Bruno Garcia). 

Ao descobrir as traições virtuais do marido ela embarca em uma jornada pelo Caminho de Santiago de Compostela, cruzando a Espanha de ponta a ponta e conhecendo a cultura, a identidade e também a gastronomia de cada região do país. Destaque para as belas paisagens da região de La Rioja, de Santiago de Compostela, da vinícola e, claro, da gastronomia espanhola.


O terceiro filme, que foi lançado no final de 2013, chega agora em Florianópolis com exclusividade no Paradigma Cine. É o “Bistrô Romantique”, o primeiro longa metragem de Joel Vanhoebrouck, profissional já bem conhecido pelos seus trabalhos em TV. A história se passa em pleno Dia dos Namorados, onde o Bistrô Romantique, local renomado dos irmãos Pascaline e Ângelo, está totalmente lotado. Mas nem tudo sai como planejado. 

Cada casal vive uma história diferente, uns se apaixonam, outros entram em crise, outros brigam e, em meio a tanta boa gastronomia, caem as máscaras das relações humanas. Curiosidade? Esse filme foi integralmente gravado em 25 dias, na pequena cidade de Gent, na Bélgica.

 




Clássicos forever


Há alguns clássicos do gênero gastronomia e cinema que pedem para ser revistos sempre. É como uma comida de infância, que você conhece o sabor, mas tem aquela necessidade recorrente de degustar mais uma vez. Do clássico “A Festa de Babette” ao mais recente “Julie e Julia”, a água na boca foi a garantia do sucesso de bilheteria. E se você ainda não assistiu a algum deles, corra para a locadora e atualize sua cinelist.

A Festa de Babette (1987) - No longa francês,  Babette (Stéphane Audran), que tinha sido chef de cozinha do elegante Café Anglais, ao fugir da repressão à Comuna de Paris vai trabalhar como cozinheira e faxineira na casa de uma família. Após anos na casa, ela ganha uma fortuna numa loteria e  usa todo o dinheiro para oferecer um autêntico banquete francês. 

Sabor da Paixão (1999) - A bela e talentosa Isabella (Penelope Cruz) tem o dom de encantar paladares com sua comida. Cansada da sua vida ela decide abandonar o casamento e o restaurante do marido no Brasil e partir para São Francisco. Lá ela se une à amiga de infância, Monica (Harold Perrineau Jr) e mergulha fundo em sua paixão em busca da receita perfeita.

Vatel: Um banquete ao rei (1999) - O príncipe de Condé (Julian Glover), na França de 1671, toma uma decisão ousada: servir um banquete ao rei Luis XIV (Julian Sands). Com o então objetivo de agradar o monarca e ter assim as dívidas pagas, Vatel (Gerard Depardieu) é o responsável pelo grande espetáculo culinário.

Chocolate (2000) - A mãe solteira Vivianne (Juliette Binoche) se muda com a filha para uma pequena cidade francesa e abre uma bombonière. À medida que seus deliciosos doces despertam interesse na população, Vivianne sofre preconceito por parte dos moradores mais conservadores que alegam que seus maravilhosos doces são um atentado à moral. 

O Tempero da Vida (2003) - O cozinheiro Fanis Iakovidis (Georges Corraface) de 40 anos se reencontra com seu avô, o filósofo culinário Vassilis (Tassos Bandis), a quem não via desde os sete anos. Num momento crucial de sua existência, Fanis percebe que sua vida precisa de mais tempero e sabor.

Estômago (2007) - Raimundo Nonato (João Miguel) se muda para a cidade grande com o objetivo de melhorar de vida. Acaba conseguindo emprego como faxineiro e descobre sem querer que tem talento para cozinhar. Suas coxinhas se tornam um sucesso e ele ganha um novo emprego num restaurante italiano. E tudo muda na sua vida.

Ratatouille (2007) - O longa de animação conta a história do ratinho Remy (Patton Oswalt) que sonha em ser um grande chef de cozinha em Paris. Ele conhece o confuso ajudante de cozinha Linguini (Lou Romano).Em segredo os dois se tornam parceiros na cozinha, mas não podem ser descobertos.

Julie e Julia (2009) - Duas histórias reais, mas de épocas diferentes. Julia Child (Meryl Streep) se muda para França com o marido e começa a saga para publicar um livro com receitas francesas para americanos. Anos depois, Julie Powell (Amy Adams), uma escritora frustrada, decide criar um blog onde reproduzirá todas as receitas do livro de Julia Child em 365 dias. 

Veja também no Jornal Imagem da Ilha




Quer saborear uma pizza bem feita? Vá no Pizza Mia

$
0
0
Araceli em ação com seus temperos do quintal
Descobrimos, tardiamente, um lugarzinho encantador em Floripa. Escondido num quintal arborizado e pouco iluminado no Sambaqui está um dos melhores lugares para se comer uma autêntica pizza na Ilha. Trata-se do Pizza Mia, da boa anfitriã e chef Araceli Ines Schmitt. É ela que vai te receber, oferecer a garagem para você não deixar o carro na rua, mostrar o simpático ambiente que criou e, conversa vai e conversa vem, quando você se der conta ela já empunhou o rolo e está abrindo a primeira massa de pizza. Daí em diante é abrir o vinho, degustar o crostini, escolher entre os mais de 30 sabores, a maioria criados por ela, e aproveitar a atmosfera intimista e familiar.

Lousa deixa claro o conceito da casa
Convém reservar antes de ir, principalmente às sextas e sábados, porque o ambiente interno e externo abrigam juntos no máximo 40 pessoas. E vale a pena ser um deles. O lugar é acolhedor, com telas de artistas catarinenses nas paredes, interferências contemporâneas, móveis rústicos, livros de gastronomia e louça de família. Todos se sentem em casa, mesmo quando estão indo lá pela primeira vez.

Grana Padano, Rúcula e Parma. Dá pra repetir?
cantinho cult: livros, fotos e rádios antigos


A pizza? Achei exepcionalmente boa. Massa fina, crocante e ingredientes bem selecionados para cobri-la. Optamos por uma com grana padano, rúcula e parma. Fantástica. Mas há outras que ficaram na minha mira para uma próxima vez, como uma que leva cebolas caramelizadas, erva-doce e pimenta. Prefere um sabor mais convencional? Araceli separou no cardápio cerca de 15 pizzas tradicionais, daquelas que não podem faltar num boa casa do ramo. Mas alto lá, nem pense em encontrar aquelas invencionices do tipo strogonoff de frango, filé com cheddar ou coração de galinha. A proposta é respeitar a tradição, acrescentando opções de sabores da gastronomia contemporânea e manter-se fiel à massa fina e crocante. Crítica? Sim, para ficar imbatível só faltou mesmo o forno a lenha. Senão a dica, fica o desejo.





Pizza Mia
Rua Durval Pires da Cunha, 322 - Sambaqui
Florianópolis/SC
Fone: (48) 9974-3999

Amo Sacolão!

$
0
0

Produtos frescos e da região
Quem me conhece sabe que prezo por ingredientes de primeira qualidade na hora de cozinhar, mas que me recuso a gastar com supérfluos e modismos. Claro, uma ou outra "cereja do bolo" você precisa investir para que o resultado do seu prato - ainda que visual - seja diferenciado. Mas, no dia a dia, a ordem na minha casa é economizar e garantir produtos frescos e de boa origem. Por isso, amo sacolão. Aqui em Florianópolis, chama-se "Direto do Campo". E desde que abriu uma nova unidade no caminho de casa, na SC-401, estava ansiosa para conhecer. Fui hoje. E que boa surpresa eu tive! 

Veja algumas fotos:
Os orgânicos são seguros e muuuuito baratos


Quem resiste? Olha as meninas pedindo pra virar sopa?
Agora vou falar para quem mora por aqui. Este sacolão é bem melhor que o da Beiramar em muitos aspectos. Ele está informatizado, para começar. Você pesa tudo no caixa, separadamente, e a fatura vem discriminada o que você gastou com cada item, quanto comprou de cada coisa. Vantagem. A outra observação importante é que a qualidade dos produtos continua imbatível, senão melhor e mais selecionada, vinda de produtores de Angelina e Alfredo Wagner. 

Alface americana a R$ 0,95
As bancadas estão mais arrumadas, são mais espaçosas, divididas com inteligência (cereais de um lado, orgânicos de outro, hidropônicos, frutas, verduras, temperos). Bem legal.

Cereais e leguminosas baratas e de qualidade

Caixas informatizados
A outra vantagem é a estrutura operacional mesmo. Quem vai na Beiramar sabe o que custa ficar na fila de carros, estacionar driblando os flanelinhas e depois pisar na lama até alcançar o galpão de vendas. Na unidade da SC-401 o estacionamento é amplo, seco, seguro. Tem banheiros limpos e até acesso para deficientes. 


Tomate a menos de 2 reais? Só no sacolão











Tudo bem. Não trabalho para eles, sei que apesar do preço baixo e apelo popular eles são uma empresa privada que visa lucro como qualquer outra, mas eles têm a minha consideração e respeito. Onde moro, em Jurerê, o alface do tipo americano num mercado famoso custa em torno de 8 reais. Lá no sacolão vale só 95 centavos e deve ter o dobro do tamanho do vizinho rico. Hoje comprei ameixas maravilhosas por 4,99 o quilo. No supermercado nessa época do ano está quase 12. E tudo o mais: batata, cebola, tomate, abóbora, banana, quase tudo por R$ 1,49. Só sei que hoje, empolgada com a novidade e com a diversidade de produtos oferecidos fiz um gasto semanal recorde: R$ 62,00. Isso vai dar por pelo menos 10 dias, para toda a família: cinco pessoas que comem muitos vegetais e frutas todos os dias. Vale ou não vale?

A única desvantagem em relação à unidade da Beiramar é, sem dúvida, as lojas acessórias. Nesta da SC-401 não tem açougue, peixaria, secos e molhados, pães e biscoitos ou floricultura. Isso virá mais tarde. Por ora, a promessa é inaugurar um café ainda neste mês. Vamos aguardar!

















Na dúvida do que ver no cinema? Fique com "A Pedra da Paciência"

$
0
0
Filme afegão em cartaz no Paradigma Cine Arte surpreende pela elegância e sensibilidade com que o tema opressão feminina é tratado. Ganha pela forma, foge do clichê e não perde no argumento.
A atriz iraniana Golshifth Farahani em show de interpretação e beleza


“A Pedra da Paciência” foi selecionado para o Festival Internacional de Toronto de 2012, pré - indicado do Afeganistão para concorrer como melhor filme estrangeiro ao Oscar de 2013 e vencedor do prêmio de Melhor Atriz para Golshifth Farahani no Festival Internacional de Abu Dhabi. Para quem assiste ao filme, o sentimento é de que as indicações e premiações foram bastante modestas, tamanha a grandeza da obra. O texto e a interpretação preciosa da atriz principal Golshifteh Farahani (“Procurando Elly”) dão ao filme uma elegância e profundidade tocantes.


Vigília e confissões a um marido em coma
A história, que foi baseada no romance ‘Syngué Sabour’ de Atiq Rahimi, também o diretor e co-roteirista de “A Pedra da Paciência”, conta a saga de uma mulher ainda jovem e atraente, mãe de duas filhas, muçulmana e casada com um homem bem mais velho que ela (Hamid Djavadan). Ele, herói de guerra e veterano do Jihad, é seriamente ferido com uma bala no pescoço e entra em coma. Abandonado pelos companheiros e pela família, a esposa é a única que lhe resta. Justamente da mulher, este ser secundário e desvalorizado na cultura muçulmana, que a vida dele passa a depender. Numa casa em ruínas pelos freqüentes ataques, sem dinheiro e com uma guerra rolando do lado de fora, sua mulher faz vigília sobre o corpo inerte, vegetativo, do marido. O farmacêutico lhe nega fiado e ela o mantém vivo apenas com soro caseiro e alguns foutons estropiados que fazem as vezes de um colchão. Não há com quem e nem com o que contar. No avanço da vigília, ela começa a conversar com o corpo imóvel do marido que, de olhos semi-cerrados, mas sem qualquer reflexo, ouve passivamente seus depoimentos, opiniões, sofrimentos, sonhos, coisas que lhe aconteceram. É a primeira vez que ela consegue conversar com o marido, contar-lhe coisas, falar sobre si mesma. E é justamente aí, nesse processo de confissão cada vez mais intenso, que ela começa a revelar vários segredos e a alcançar uma libertação. Achei genial essa sacada de Atiq Rahimi de colocar um marido em coma como a razão para que a mulher possa dizer aberta e livremente o que sente. Genial porque em que outra situação uma mulher muçulmana teria essa oportunidade? Genial também porque dessa maneira conseguiu construir um monólogo elegante e cheio de suspense – claro, a qualquer hora o marido pode recobrar a vida, sair do coma, matá-la ou amá-la... quem sabe? E é essa arquitetura do roteiro que faz toda a diferença, faz que com “Pedra da Paciência” não seja mais um, entre tantos filmes, que falam da opressão da mulher no mundo islâmico.



No decorrer da vigília, há dois personagens que interferem nesta solidão contínua da mulher afegã, oferecendo um contraponto. Um deles é a tia da jovem (Hassina Burgan), uma mulher que também sofreu as agruras da sociedade muçulmana e quando jovem foi expulsa de casa e rejeitada pelos pais por ser estéril. Virou prostituta e a melhor conselheira da sobrinha. O outro é um jovem soldado gago (Massi Mrowat), que se insinua na rotina da moça quando esta, para se defender de um ataque, alega ser prostituta – o que, ironicamente, a salva de estupro. Mas as visitas do soldado passam a ser frequentes e tanto ela quanto ele aprendem juntos a buscar o prazer em meio a tanta guerra e miséria.

O colorido das sedas x cinza da guerra

Devido à instabilidade política no Afeganistão, apenas umas poucas cenas externas foram filmadas ali. A maior parte da produção foi realizada no Marrocos. Mas mesmo assim, as locações são credíveis. Particularmente um detalhe me chamou a atenção na fotografia: o cinza das cidades e das construções detonadas pelas bombas em contraponto à leveza e o colorido das sedas, tapetes, lenços, vestidos e até das burkas (sim, a que a nossa atriz principal usa é amarelo-ouro). Para mim soou como uma mensagem subliminar de que o lado feliz, colorido e dançante de uma cultura milenar estava sendo soterrada pela aspereza da guerra. E o que restava então era somente a guerra e a opressão.


A cor e a leveza dos tecidos em contraponto ao cinza da guerra do lado de fora 
Vale dizer que “Pedra da Paciência”, que é “Syngué Sabour” em afegão, é o título de uma parábola afegã cujo pai orienta uma filha mulher a eleger uma pedra com quem pudesse conversar durante a vida. Essa seria a sua receita para a felicidade da filha. A pedra absorveria todas as histórias, frustrações, medos e ódios até que um dia explodiria. O marido em coma foi a singué sabour da sua mulher afegã. E você pode estar se perguntando, mas ele explode, como a pedra? Esse é o desfecho inusitado do filme que, claro, não vou contar aqui porque realmente acho que vale a pena você assisti-lo.


Filme: A Pedra da Paciência (2012, 102 minutos)
Direção: Atiq Rahimi
Roteiro: Atiq Rahimi , Jean-Claude Carrière
Fotografia: Thierry Arbogast
País: França, Alemanha, Afeganistão
Classificação: 14 anos
Exibição: até 01/10 com exclusividade no Paradigma Cine Arte





Entradas: uma magrinha e a outra nem tanto!

$
0
0
Uma refeição bem elaborada, pede uma entrada. É ela que dá o tom do que está por vir. Algumas são tão deliciosas que a vontade é de suspender o prato principal e pedir bis. Eu já fiz isso. Outras têm a função de abrir o apetite ou de aquecer uma noite fria. Não importa. O bom é que elas sejam saborosas, com gostinho de quero-mais.
Aqui vou mostrar duas entradas que gosto muito porque são simples demais, fáceis de fazer e, claro, deliciosas. Uma magrinha e a outra nem tanto assim.

A magrinha: Carpaccio de Abóbora Menina



Essa não faz mal pra ninguém: não engorda, não pesa e custa muito barato. O segredo está na forma de preparar para enganar a torcida, afinal não é todo mundo por aí que ama abóbora, certo?

Faça lâminas de abóbora, as mais finas que conseguir, com casca e tudo. Eu uso um fatiador manual para legumes. Forre um prato com as lâminas. Leve ao microondas por 3 minutos. Adicione sal e pimenta moídos na hora, coentro picado ou salsinha (se preferir), regue com um bom azeite de oliva extra virgem, suco de limão siciliano e decore com pimentas biquinho cortadas ao meio. Light demais para o seu gosto? Então lance mão de queijo coalho em tirinhas ou carne seca desfiada e coloque por cima com mais um pouco de azeite. Sirva frio, assim que terminar a montagem.



A nem tanto assim: Berinjelices Caprese



Aqui você pode montar porções individuais (pequenas torres) ou fazer num prato coletivo (como o da foto). Pra quem curte berinjela, essa receita é divina!

Corte fatias da berinjela, com 1,5 cm mais ou menos, de maneira que você tenha vários círculos. Coloque sal e deixe as fatias descansando por meia hora para soltar o amargor (lágrima escura). Depois, lave bem as fatias e seque com papel toalha. Grelhe dos dois lados com azeite de oliva. Reserve. À parte corte rodelas de cebola roxa e rodelas de tomate. Passe as cebolas pela grelha, também com um fio de azeite e com cuidado para não desmanchar. Reserve. Tempere as rodelas de tomate com sal e orégano. Reserve. Fatie mussarela de búfala e tempere também. E vamos à montagem: primeiro uma fatia de berinjela, depois de tomate, depois de cebola, depois de mussarela de búfala (se for daquela bolinha pequena, dá para colocar umas três rodelinhas). Repita o esquema. Por cima, coloque uma colher de molho pesto, uma fatia de queijo mussarela dobrado ao meio e leve ao forno para gratinar. Para servir, coloque uma torre ainda quente num pratinho com mix de folhas verdes (tipo baby) e finalize com manjericão fresco e um bom azeite de oliva extra virgem.

E aí, vai encarar?





Quem tem medo de Frank Underwood?

$
0
0
O ator Kevin Spacey na pele do inescrupuloso Frank Underwood
A premiada série House of Cards chegou para fazer história no serviço de streamming – distribuição via internet. A trama e as tramóias de Frank Underwood são uma aula de estratégia política, sarcasmo, inteligência e sangue frio. Se começar a assistir, saiba desde já que não vai conseguir parar.


A primeira série produzida originariamente para web, pela Netflix, é um drama político denso, muito bem escrito e viciante. Ganância, corrupção e sexo são os combustíveis de “House of Cards”. Goste ou não de política ou de jogos de poder é difícil quem não se entregue. Remake de uma série da BBC dos anos 90, agora tem como protagonista Frank Underwood (Kevin Spacey), um político que lidera a bancada majoritária da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. Underwood fica decepcionado quando descobre que não ocupará o cargo de Secretário de Estado da nova gestão, posto que foi prometido anteriormente a ele, pelo agora recém-eleito presidente. Em vez de aceitar a derrota, Frank decide usar seu conhecimento sobre os bastidores da política para orquestrar sua vingança.

Inteligente, inescrupuloso e um grande estrategista, Underwood usa todo o seu potencial para armar contra o presidente. Envolvente, o texto dos diálogos nem sempre é simples e exige uma certa atenção para não se perder o rumo da história. Achei muito bem sacado, desde o primeiro capítulo da primeira temporada, um olhar que Underwood lança para quem o assiste, diretamente para a câmera, quando elabora comentários irônicos e percepções aguçadas sobre a história que está rolando. Ou seja, é como se ele congelasse o episódio por alguns segundos, para tecer seus comentários indiscretos. Esta bossa, que se transforma numa marca do protagonista, seja talvez a maior responsável por enfeitiçar tanto o espectador. Pelo menos comigo funcionou.







Mas Underwood não está sozinho nas suas canalhices impiedosas. Ao seu lado, ele tem a mulher Claire, a belíssima Robin Write. Ela é a versão feminina do marido, na verdade. Claire dirige uma poderosa ONG que recebe grandes doações de empresas privadas para seus projetos sociais na África. Ele é líder na Câmara dos Representantes dos EUA e depende também de doações para campanhas, ao mesmo tempo em que precisa atender os pleitos dos doadores. E os dois trabalham muito bem juntos, se levarmos em conta os degraus que conseguem alçar sem dar nenhuma importância para a ética política.





Interessante também é ver que a busca implacável de Frank é pelo poder, não pelo dinheiro. Ele não é um corrupto que desvia milhões de cofres públicos ou de doações privadas, ele na verdade faz todas as conspirações para aumentar exclusivamente o seu poder. E destila frases ferinas, como "dinheiro é mansão no bairro errado, que começa a desmoronar após dez anos. Poder é o velho edifício de pedra, que se mantém de pé por séculos. Não respeito quem não sabe distinguir os dois". Veja abaixo as maiores pérolas reunidas nas duas primeiras temporadas.

Frank e Claire: status, poder e vingança

Em meio a lobistas agressivos, chefes de gabinete “paus-pra-toda-obra”, políticos alcoólatras e garotas de programa tem ainda no elenco, claro, a imprensa. Imprensa investigativa, imprensa corruptível, imprensa sensacionalista. Underwood conhece Zoe Barnes (Kate Mara), uma jovem repórter do jornal Washington Herald – referência indireta ao poderoso Washington Post. Ela, ambiciosa, quer que ele lhe dê furos diretamente do Capítólio e da Casa Branca. Ele, sempre focado, usa Zoe para plantar pautas de seu interesse. Até certo momento as coisas vão bem, ela consegue o estrelato no jornalismo político americano e ele avança no seu plano de espalhar algumas intrigas. Rola até um romance entre os dois. Mas esta história não termina nada bem e Zoe acaba sendo assassinada. Por quem? Vá lá e assista você mesmo. Garanto que não será tempo perdido.




Louboutin e gravatas italianas

O cenário Washington, que emana poder, elegância e dinheiro - muito dinheiro diga-se de passagem - é refletido no figurino dos atores e na decoração dos escritórios tanto do Capitólio quanto da Casa Branca. O estilo clássico impecável das bibliotecas, salas de reuniões e corredores são um show à parte. Vale o mesmo para o guarda-roupa do casal diabólico. Frank, apesar de não estar na melhor forma física, brilha nos ternos bem cortados, gravatas italianas e abotoaduras personalizadas. Ela, um verdadeiro escândalo de elegância. Sempre de sapatos Louboutin, veste-se com as cores sóbrias do meio, mas com um bom toque de sensualidade que o corpo esbelto e bem torneado permite. O estilo Claire Underwood está nos blogs de moda americanos desde que a primeira temporada foi lançada, em fevereiro do ano passado.




As melhores e impiedosas frases de Frank Underwood






Dinheiro x poder

"Dinheiro é mansão no bairro errado, que começa a desmoronar após dez anos. Poder é o velho edifício de pedra, que se mantém de pé por séculos. Não respeito quem não sabe distinguir os dois."

Dor

“Há dois tipos de dor: a dor que te torna mais forte e a dor inútil, a que se reduz a sofrimento, não tenho paciência pra inutilidades.”

Sexo x poder

“Um grande homem já disse: tudo é sobre sexo, exceto o sexo. Sexo é sobre poder.”

Amizade

“Amigos se transformam nos piores inimigos.”

Caçada

"Para aqueles de nós escalando até o topo da cadeia alimentar, não pode haver misericórdia. Só há uma regra. Cace, ou seja caçado."

Deus

“Não há nenhum conforto, nem acima nem abaixo, apenas nós… pequenos, solitários, lutando, brigando uns com os outros. Eu rezo para mim mesmo e por mim mesmo.”

Poder

"Poder é muito parecido com o mercado imobiliário. Tudo se resume a localização, localização, localização. Quando mais próximo estiver da fonte, mais valiosa é sua propriedade."

Ainda não assistiu? Então veja lá. Assista já:
1ª e 2ª temporadas completas, disponíveis no Netflix

Tartare ou Ceviche?

$
0
0
Parentes distantes, o tartare com dna francês e o ceviche com berço no Peru são, cada um à sua maneira, deliciosos. Fiz um nesta semana que chamei de tartare mas imagino que esteja mais para ceviche porque coloquei limão siciliano como um dos temperos. E quando se adiciona o limão ao peixe cru, ele dá aquela "curtida" no ácido do sumo, técnica adotada pela cozinha peruana, principalmente no ceviche. Mas vamos à receita que é o que mais importa (e o que muitos amigos me pediram).




TARTARE DE SALMÃO, MANGA E GENGIBRE

Para 6 pessoas



800 gramas de filé de salmão


1 manga do tipo adem ou rosa


gengibre fresco


alfavaca ou manjericão fresco


sal e pimenta moída na hora


azeite




Como eu fiz: piquei o salmão em quadradinhos de 1 cm mais ou menos. Fiz o mesmo com a manga (é importante escolher uma firme, não muito madura). Misturei os dois ingredientes e acrescentei o sumo de um limão siciliano, raspas deste mesmo limão, raspas de gengibre fresco, alfavaca ou manjericão finamente picados, sal, pimenta e um pouco de azeite. Misturei tudo com cuidado para não "machucar" o salmão e deixei na geladeira por meia hora. Para servir, fiz porções individuais com a ajuda de um aro e decorei com folhinhas de alfavaca. Nada mais. Faça o mesmo e prepare-se para os elogios.


Miami para ser degustada

$
0
0

A magia da cidade que vê surgir uma cultura mundial pulsante e também uma nova gastronomia


Uma cidade de praia que recebe, há décadas, quase 10 milhões de turistas todos os anos deve ter lá seus encantos. E um deles certamente é a gastronomia. Miami é hoje uma praia cosmopolita que deixou para trás a fama de ser somente o refúgio de cubanos e mexicanos ilegais para se transformar no destino de milhões de turistas e investidores do mundo inteiro. Não é mais só de outlet e baladas que vive a capital da Flórida. Miami pulsa uma cultura mundial, que se reflete não só em museus e galerias de arte, hoje em profusão pela cidade, mas também na gastronomia. Se, num primeiro momento, os temperos caribenhos e sulamericanos enriqueceram a junk food americana, agora Miami vive a invasão de outras tribos que tem levado sabores da Rússia, da Ásia, do interior da Europa e até da África. Chefs consagrados estão colocando seu pé por lá e abrindo novas portas, desenvolvendo um nicho importante para o pulsante turismo e fazendo surgir experiências gastronômicas inigualáveis.


Projetos como Wynwood trouxeram novo alento cultural para Miami 
Confira alguns dos endereços que fui conferir na última viagem, no final de outubro, e veja o que descobrimos por lá. Mas, antes, só deixo aqui duas dicas importantes: primeira, planeje sua viagem e já reserve do Brasil os lugares que vai querer conhecer para não correr o risco de ser “barrado no baile”; segunda, fuja dos “caça-turistas”, aqueles restaurantes da Ocean Drive. 


Fuja dos caça-turistas na Ocean Drive, mas não deixe de bater pernas por lá

Eles não são tão baratos quanto promovem, e a comida é congelada e mal preparada. Se você gosta do astral, minha sugestão é: compre um drink do tipo 2x1 - típico de Miami - e em seguida caminhe ao longo dos restaurantes para curtir o clima. Depois, pegue um táxi e vá a um restaurante de verdade.




No Carpaccio, peça um... carpaccio!


O Carpaccioé um restaurante italiano clássico, instalado no boulevard externo do Bal Harbour Shops, o mais sofisticado da cidade. Já estivemos lá por três anos seguidos e o padrão do restaurante não muda: excelente atendimento, ambiente aconchegante, comida impecável e no melhor estilo confort food. Ele é aquele tipo de restaurante que não tem erro, sempre será uma boa indicação seja qual dia - ou noite - for.



Ele, na versão simples e deliciosa de rúcula e parmesão
Os pratos principais – à base de carnes, peixes e crustáceos - são preparados com esmero, alguns com 12 ou 14 horas de cozimento. Mas a melhor pedida está mesmo na entrada, e que seja um Carpaccio! Eles têm cinco tipos a escolher, um melhor que o outro. Il Carpaccio Manzo, ou seja, de filé mignon, é servido em três versões: Arugola and Parmigiano (rúcula e queijo parmesão), Carciofi and Parmigiano (com alcachofra) e o meu preferido, Portobello and Parmigiano. 

Na versão Il Carpaccio Fish, eles usam o salmão com rúcula e parmesão e no swordfish (peixe espada) o prato é combinado com finas fatias de laranja, pimenta rosa, limão e azeite de oliva. O pão italiano quentinho que vem para acompanhar faz desta seleção de carpaccios um programa imperdível.


Varanda disputadíssima e cheia de figuras conhecidas da cidade




















(9700 Collins Ave, Bal Harbour - Telefone:+1 305-867-7777 - www.carpaccioatbalharbour.com)






SeaSalt and Pepper, para ver e ser visto

De dia ou à noite, o Miami River proporciona uma paisagem única


Quer conhecer um lugar diferente, arrojado, ambiente top, na beira do canal, gastronomia super contemporânea e com uma atmosfera #paravereservisto? Vá à mais nova sensação de Miami, o SeaSalt and Pepper.



Rústico-elaborado, com muito conforto
Freqüentado por um público exigente, mas altamente descolado, o lugar é charmoso na essência. Foi todo conceituado num antigo galpão e ganhou uma decoração rústica-elaborada bem bacana. 

Por estar numa região de pescadores, os arquitetos (Alberto de La Torre e o artista Carlos Betancourt) utilizaram mais de mil objetos de pesca e artesanato que encontraram ao longo do rio. Na parte externa tem uma varanda transada que dá para a margem NW do Miami River.

É ali que chegam os ricos e famosos de super iates, já que o canal comporta embarcações de até 225 pés (pasmem!). Na noite que estávamos ali, dois mega-iates estavam ancorados e, em um deles, o serviço do restaurante foi todo feito à bordo.




A ordem é colocar uma roupa bonita e curtir esse hot spot de Miami

Entre os mais de mil objetos garimpados estão os lustres de vime, tradição dos pescadores 
David Beckham, um dos habitués do Seasalt




















O Seasalt é muito bem servido de pessoal. Maitres, garçons, recepcionistas e ajudantes por toda parte dão a impressão de que há um funcionário por cliente. Ninguém te deixa esperando. Legal também é dizer que, apesar do clima “balada chic” e muitas celebridades como o jogador David Beckham, crianças são bem-vindas. Há um menu kids e elas ainda recebem, assim que chegam, giz de cera com livrinhos para colorir.




Chilean Sea Bass, deliciosa escolha
A gastronomia é outro ponto forte. A especialidade, claro, frutos do mar. Mas deu para sentir que eles navegam bem em todas as ondas. Antes de você pedir a entrada, chega à mesa uma schiaccina quentinha de parmesão e oliva com creme de ricota, para abrir os trabalhos. Uma maravilha. De entrada pedimos uma espécie de salada caprese (Beef Tomato Burrata) e já ali deu para notar a ousadia da cozinha. O queijo vem todo empanado em panko, bem quente, sobre a cama de tomate e molho pesto. É uma explosão de sabores à primeira mordida.




Esta schiaccina é uma cortesia, logo na entrada. Temperada com parmesão e azeite de oliva, é sensacional

Rack Of Lamb, quase uma obra de arte
Para o prato principal a minha escolha foi o Chilean Sea Bass, recomendadíssimo pelo maitre. O peixe vem numa cumbuca de ferro, onde é gratinado com batata e trufas. Divine! E meu marido foi de Costela de Cordeiro que só a aparência já é uma obra de arte.
Depois de viver todas essas delícias, lembro agora do porteiro, super simpático, que nos recebeu dizendo: “Welcome to the Seasalt and Pepper! The right place and the right time!” Ele tinha toda razão.

(422 NW North River Drive – Telefone: +1 (305) 440-4200 – seasaltandpepper.com)








Casa Tua, o must to go em South Beach

Até virar modinha nos blogs e entrar no roteiro das celebridades em Miami, o  Casa Tua era só um restaurante italiano, sofisticado e elegante, no coração de South Beach. Hoje, Jennifez Lopez, Cameron Diaz e Leonardo Di Caprio concorrem por uma mesa. E olhe que o lugar não tem sequer uma placa indicando que ali tem um restaurante. É endereço para quem conhece os hits de Miami. Portanto, fica a dica: nesse restô faça a sua reserva antes mesmo de sair do Brasil, senão não rola.


Casa Tua, num sobrado discreto e sem placa na fachada





Jantar no jardim, cheio de lanternas: romântico e lindo
 O Casa Tua é considerado pela crítica gastronômica o melhor italiano de Miami. E não é por menos. O menu, que vem sendo dilapidado nos últimos 30 anos pela família fundadora e que até hoje toca o negócio, é uma iguaria por si só. A vontade é de pedir tudo. Os antepastos têm uma diversificação enorme: vai de polvo grelhado, passando por burratas e outros queijos até chegar ao caviar Petrossian. Para todos os gostos e bolsos mais favorecidos. E à mesa, o garçon serve em ritmo non-stop, pãezinhos especiais, grissinis e foccacias recém saídos do forno.



Internamente o restaurante é como uma casa de verdade, com fotos, lembranças de viagem e muitos livros da família 





Filé com foie gras está no menu Secondo Piatto
















Massas, carnes e frutos do mar são as seleções para o primeiro e o segundo prato principal. A grande pedida, comprovada pelo amigo anfitrião que estava nos acompanhando, o Osvaldo Macedo, é um tagliarini com cogumelos e trufas italianas. Meu marido escolheu outra massa e não menos gostosa: um raviolini com shitake e presunto parma.
















Quem me conhece sabe que dificilmente como sobremesa. Mas não pude resistir ao famoso Tiramisu à moda Casa Tua. Fantástico, levíssimo e que leva um creme de chocolate inesquecível. 



O que poucos sabem é que na parte superior deste sobrado da Avenida James, que abriga o Casa Tua, há um hotel boutique de mesmo nome e um clube privativo para grupos fechados. Balançou? Faça sua reserva.


(1700 James Ave, Miami Beach - Telefone:+1 305-673-1010 - casatualifestyle.com)






The Cheesecake Factory, um clássico americano

Presente nas principais cidades dos EUA o The Cheesecake Factory também brilha em Miami com a mesma intensidade que o sol. São quatro restaurantes, nos principais shoppings da cidade. O cardápio, com produtos frescos e comida feita na hora, deixam cair por terra a impressão de se tratar de um fast food arrumadinho. É bem mais que isso. 





O menu tem mais de 200 opções de saladas elaboradas, pizzas, massas, pratos especiais com carnes, aves e frutos do mar e, ainda, uma seleção prime de hambúrgueres de cinema. E há quem pense, sugestionado pelo nome, que há somente cheesecakes na sua vitrine. Engano.



Steak Diane, o clássico do clássico

Nesta última viagem acabamos indo duas vezes ao Cheesecake, a primeira no Aventura Mall para um almoço rápido e na outra no fim de uma jornada no outlet Sawgrass Mills. Boa pedida. Eu investi num clássico deles chamado Steak Diane e acertei em cheio. São Medalhões de Filé Mignon certificado, temperado com pimenta negra e um rico molho de vinho e cogumelos. É servido com purê de batatas, cebolas grelhadas e um mix de folhinhas verdes para aliviar a consciência. Muito bom.
Os hambúrgueres são outra especialidade, e devem ser considerados. De tão glamorosos ganharam na casa um cardápio especial só para eles: o Glamburguers. Há versões clássicas, veganas, old fashioned e até Kobe, feito à base de cogumelos.

Há ainda o cardápio que eles chamam de “skinylicious”, com opções leves de até 400 calorias para um pequeno almoço. São porções menores que do cardápio tradicional ou preparadas com alimentos menos calóricos. Excelente opção para quem não está podendo. E para quem está, a casa oferece nada menos que 50 tipos diferentes de cheesecakes e sobremesas especiais. Na semana que estivemos lá o hit era a Pupkin Cheesecake, em homenagem ao halloween.

Cheesecake, a especialidade da casa, em mais de 50 versões











Algo ruim? Sim, a decoração. O ambiente, apesar de confortável por utilizar aqueles sofás em torno das mesas, como as lanchonetes anos 50, é muito kitsch. Colunas douradas, espalhadas por um salão de móveis escuros e carpetes florais, suportam um teto celestial pintado à mão e com luzes cênicas que mudam de cor. Quase cafona.





(4 endereços: Aventura Mall, Sawgrass Mills, Dolphin e Coconut Grove – veja cardápio em http://www.thecheesecakefactory.com)






Juvia, alto astral na melhor vista de Miami

Eu, na entrada do prédio, na Lincoln



Ir ao Juvia é sempre uma experiência única. Não importa quantas vezes você já tenha ido. O ambiente é lindo. Ocupa a cobertura de um edifício em plena Lincoln Road, de onde se avista o mar e boa parte de South Beach e Miami Beach. O astral é sensacional. Djs tocando ao vivo numa área externa com deck e gente pra lá de bonita. 



Telhado retrátil da parte externa garante a festa em qualquer clima


A decoração chique, porém despretensiosa, de móveis amplos e confortáveis tem seu ponto alto num jardim vertical com mais de 30 metros de extensão. 




Do lado de dentro, separado apenas por uma divisória de vidro, o ambiente é mais techno e evidencia a cozinha em aço inoxidável e super equipada do restaurante, de onde se pode assistir aos chefs em sua coreografia mágica.


Sofisticação despretensiosa, debruçada sobre Miami Beach

A comida tem um conceito oriental e contemporâneo. Cada prato parece ter saído de uma sessão de fotos diretamente para a sua mesa, de tão perfeita e metódica que é a apresentação. Pequenas obras de arte que escondem sabores e aromas asiáticos, baseados em gengibre, tarê, wasabi... Difícil é fazer a opção no cardápio complexo e de difícil tradução, já que usa um inglês gastronômico rebuscado com ingredientes orientais não tão conhecidos. 


Seared Tuna
O menu é uma mistura harmoniosa das cozinhas regionais da Ásia preparadas com técnicas clássicas francesas e os sabores vibrantes e ingredientes da América do Sul e Flórida. A sensação é de que qualquer coisa que você escolher vai ser a melhor. Pelo menos comigo foi assim todas as vezes.
Milk Fed Pork Confit

Desta última, pedimos de entrada um “Sauteed Foie Gras”, laminado com chutney de manga e abacaxi, uvas frescas e avelãs. Muito equilibrado, já que o toque doce evidencia ainda mais o sabor do Foie Gras. Como prato principal, acertei em cheio: “Milk Fed Pork Confit”,um confit de porco lindamente disposto sobre uma cama de repolho azedo, com shitake e um molho vitrificado de mel e gengibre. Róger, meu marido, também foi feliz com a sua escolha: “Seared Tuna”, que nada mais é que um atum levemente grelhado e cortado em lâminas, com uma salada de abacate e tomate e arroz jasmim. Destaque para o molho de cebola caramelizada em redução de shoyu. Combinação perfeita.




Ponto negativo? Sim. O atendimento. De tão presente, tão atencioso, tão intenso, fica chato. A menina que nos atendeu era insistente, ia à nossa mesa a cada três minutos, queria explicar muito sobre cada prato, falava demais e realmente incomodou.

(1111 Lincoln Rd, esquina com a Lenox – telefone +1 305-763-8272 www.juviamiami.com)




The Forge, visita obrigatória

Prédio histórico e sem placa abriga um dos melhores restaurantes de Miami


Apenas um discreto “F” sobre a porta da rua, indica que ali no número 432 da 41 street, fica o The Forge, reduto de quem aprecia a boa e alta gastronomia.  O ambiente do restaurante consegue ser ultra sofisticado e ao mesmo tempo deixar os convivas tão à vontade como se estivessem na casa de amigos. É como se o requinte fosse uma forma de valorização da cozinha que ali se pratica e não uma ostentação por si só. Além de cinco salas de jantar dramaticamente elegantes, há ainda o Grand Tasting Room e o Bar Forge. 


Uma das cinco salas de jantar do The Forge, super elegante















Às quarta-feiras, há mais de uma década, o The Forge tem a tradição do Wednesday Night Dinner Disco, onde a casa põe todo mundo pra dançar ao som dos anos 70.

Um ambiente mais interessante que outro, mesclando peças clássicas e contemporâneas

Já estivemos no The Forge em duas ocasiões e foram inesquecíveis. Na primeira, no ano passado, fomos com um casal de amigos comemorar os mais de 20 anos da união deles. Primeiro, custamos a achar o local pelo fato de não ter identificação na entrada. Mas depois que entramos, a dificuldade foi o contrário: sair de lá. É um lugar para se comer sem pressa, para degustar entradas e vinhos, para por a boa conversa em dia, enfim, para celebrar as boas coisas da vida.




Da segunda vez, mês passado, o astral conseguiu estar ainda melhor e mais divertido. Era o Dia das Bruxas e a festa de Halloween rolava solta, com garçons fantasiados e muitos dos convidados já à beira da embriaguez. Uma drag queen produzidíssima, que fazia pequenos shows, animava a turma nas mesas e colocava parte para dançar. Fui servida pelo Batman, Elton John e também por um gentil índio apache . Nos divertimos muito. E, de sobra, comemos e bebemos muito bem.


Batman, garçon do Róger, meu marido
Indio, meu simpático garçon


O The Forge tem uma parceria forte com a Veuve Cliquot e os preços são sempre bons. Para se ter ideia, o preço de uma garrafa de champagne desta marca no supermercado em Miami custa em torno de 75 a 80 dólares, dependendo da edição. Lá no restaurante estava por 50 dólares, geladinha em taças de cristal. Como não beber?




Ali, até a decoração  irreverente do banheiro vale conferir

























Uma das curiosidades deste restaurante que já foi uma forjaria nos anos 30 e fazia as grades e portões personalizados das mansões de Miami, é a sua adega. São oito cômodos com mais de 300 mil garrafas vintages. É considerado por enófilos uma das melhores coleções do mundo. As garrafas mais raras, incluindo uma 1792 e uma de 1822 Madeira Chateau Lafitte Rothschild – estão avaliadas em $ 150.000,00. Todas, obviamente, devidamente guardadas por grades de ferro da velha forjaria que dá nome ao restaurante. Excursões privadas à adega podem ser solicitadas já na reserva e os sommeliers Gino e George irão te guiar. A coleção é consistentemente reconhecida pela Wine Spectator, que atribuiu ao restaurante suas mais altas honrarias - The Grand Award and 2002 Best of Award of Excellence.



A entrada, beef tartar, foi só o início do espetáculo



A experiência da entrada valeu por todo o jantar. Pedi um “Beef Tartar” que surpreendeu pela apresentação. A carne magra, finamente picada na ponta da faca, vem à mesa com uma gema crua de ovo de codorna e vários temperinhos para serem misturados na hora: cebola, mostarda, cebolinha, mel, raspas de limão etc. É o garçon que faz a preparação na hora. Me lembrou, no sabor, os tradicionais hackepetters de Joinville (SC).
\



A carne do The Forge é certificada e está entre os Top Ten dos EUA



O restaurante, que é certificado pela qualidade da carne que serve, é considerado entre os dez melhores endereços dos EUA. Fomos verificar. Pedimos um “Bone-In Dry Aged Porterhouse”, que nada mais é do que um T-Bone maturado, com alcatra de um lado e filé mingon do outro. Simplesmente maravilhosa e super macia. Veio acompanhada de uma batata de forno com cebolas caramelizadas e molho de queijo. Serve duas ou três pessoas.


Algum ponto negativo? Definitivamente, não.


(432 41st St, Miami Beach, Telefone:+1 305-538-8533–  www.theforge.com)





Ruth´s Cris

Este é para os amantes da carne. Um verdadeiro templo, um clássico com mais de 140 restaurantes nos Estados Unidos, que se autointitula no segmento de “carnes de luxo”. Conheci uma delas, em Coral Gables, a convite do amigo Osvaldo Macedo, que há mais de vinte anos freqüenta Miami e seus melhores endereços. 



Ambiente clássico e acolhedor
Realmente, a fama condiz com a realidade. Uma curiosidade é que a carne, de origem certificada e com cortes personalizados, chega à mesa chiando. Isso porque, depois de selarem a peça em ferro a 980 graus, a carne é temperada com sal e muita, muita, muita manteiga e colocada numa travessa cerâmica aquecida a 280 graus, diretamente para a mesa. O aroma do restaurante é inconfundível e o termo “chiar” – sizzle em inglês - está sendo reivindicado pelo restaurante como exclusividade do método de cozimento, assim como grelhar, fritar ou refogar. Acho que é merecido.



Meu pedido, Baby Beef, só fez por merecer a boa fama da casa
Fomos no tradicional e pedimos dois clássicos da casa: o T-Bone e o Baby Beef. Bingo!
Muito interessante também a forma de servir saladas. Pedimos uma de alface americana com bacon e molho de blue cheese, a “Lettuce Wedge”. Fantástica, o pé de alface vem inteiro (sem abrir as folhas) cortada ao meio. Claro, já copiei e fiz em casa assim que cheguei de viagem. Sucesso.

(2320 Salzedo Street, Coral Gables – Telefone (305) 461-8360 – www.ruthschris.com)




Fratelli la Bufalla, uma bela descoberta


Não é tão bonito. Mas é muito bom e barato.  O Fratelli La Bufala foi um achado. Anos atrás, depois de uma tentativa frustrada de ir ao Joe´s Stone Crab sem fazer reserva, ficamos à deriva procurando por um restaurante ali em South Beach. E foi aí que descobrimos sem querer esta cantina italiana que tem a melhor burrata do mundo, na nossa opinião. 







Ela, a burrata, na sua melhor versão “La Mozzata”

A família que toca o negócio recebe duas vezes por semana, diretamente de Nápoles, uma remessa de mussarelas de búfala e de burratas. São impagáveis. Servidas do jeito mais simples, apenas sobre uma cama rúcula precoce e em volta de tomatinhos temperados, a burrata é daquelas que desmancham na boca.

A casa também é famosa por suas pizzas napolitanas – meu marido sempre pede a de Prosciutto di Parma, que é uma das especialidades deles. Eu também sou repetitiva e vou invariavelmente de Bucatini alla Carbonara, outro clássico.

As pizzas napolitanas, como esta de presunto, são as boas pedidas do Fratelli




(437 Washington Ave, Miami Beach - Telefone:+1 305-532-0700– www.flbmiami.com)




Para terminar

Dos oito restaurantes que citei aqui – Carpaccio, Seasalt and Pepper, Casa Tua, Cheesecake Factory, Juvia, The Forge, Ruth´s Cris e Fratelli La Bufala – há ainda pelo menos o dobro em Miami que são top. Alguns que visitei em outras viagens, outros que ainda quero conhecer, mas já deixo aqui os nomes e contatos para você conferir:


·         Hakkasan- dentro do Fontainebleau, é o queridinho da vez  (www.hakkasan.com);

·         Mr. Chow  - excelente, junto ao Hotel W, uma explosão de sabores e design (www.mrchow.com);

·          Joe´s Stone Crab  - praticamente uma instituição da gastronomia de Miami, um verdadeiro “must do go” (www.joesstonecrab.com);

·         Ceconi´s - um clássico italiano, no térreo do Soho Beach House, famoso pelo ambiente  (www.cecconismiamibeach.com);

·         Zuma- está em 10 de 10 blogs de alta gastronomia, chique e disputado, comida asiática (www.zumarestaurant.com)

·         Baoli– cozinha mediterrânea, ambiente lindíssimo (www.baoli-group.com)

·         Barton– restaurante americano famoso pela apresentação exótica dos pratos (www.bartongrestaurant.com)

·         Milos – Grego, cozinha a base de peixes, ambiente lembra um mercado público (www.milos.ca/restaurants/miami)

·         Cavalli– Caiu nas graças do público antenado, fica no antigo De Vito, em South Beach. (http://miami.cavalliclub.com)

·         Katsuya– é o japonês mais badalado de Miami hoje. Decoração irreverente (http://miami.cavalliclub.com)


Última dica: todo mês de setembro, há 13 anos, Miami sedia um mega evento gastronômico que se chama Miami Spice Restaurant. Cerca de 200 casas de alta gastronomia oferecem jantares exclusivos, com chefs renomados, com pratos a 23 dólares no almoço e 39 dólares no jantar. Uma festa para o paladar!







3 chefs + 1 caminhão = comida de rua

$
0
0


Neste final de semana, em Jurerê, um caminhão promete roubar a cena. Isto porque três chefs de peso - Alysson Muller, Eudes Rampinelli e Klaus Pahl - vão cozinhar dentro dele e servir em três dias 900 refeições gourmet. É o 1º Food Truck Destemperados de Santa Catarina, que acontece hoje, sábado e domingo a partir das 17 horas, em frente ao Armazém 3.


Klaus Pahl
Alysson Muller

O menu é de dar água na boca. Hoje, primeiro dia do evento, Alysson vai servir um sanduíche de costela de porco, maionese de "criptonita" e pimentão braseado. Já Eudes, que fica no caminhão neste sábado, criou o bucoburger, um delicioso sanduíche de brioche no vapor com ossobuco, cebola caramelizada e barbecue de Jack Daniels. Para encerrar, domingo Klaus apresentará a quirera de ragu de linguiça Blumenau.


Eudes Rampinelli
O mais interessante deste evento é que os pratos não serão vendidos. Cada um deve pagar por ele o valor que achar merecido e toda a verba será doada para uma instituição de Ratones, o Cantinho dos Idosos. Bem legal, né?




LOS NOBLES: QUANDO OS RICOS QUEBRAM A CARA

$
0
0
Filme bateu recorde na bilheteria mexicana





Divertido e com um bom enredo, o filme mexicano chega às telonas brasileiras neste mês prometendo não muito mais que boas risadas











A crítica internacional foi dura com Gary Alasraki, diretor mexicano que lançou no ano passado o seu primeiro longa “Los Nobles: Quando os Ricos Quebram a Cara”. Mas, apesar da intelectualidade não bater palmas para ele, o fato incontestável é que o filme já pode ser considerado muito bem sucedido nas bilheterias. Só no México, faturou nada menos que 30 milhões de dólares e levou quase 8 milhões de pessoas aos cinemas. Além do Brasil, foi vendido para mais de 40 países. E, neste mês, quando as telonas brasileiras passam a exibir o trabalho de Gary Alasraki, é que o diretor, formado em Los Angeles pela Critical Studies, na University of Southern California, vai ser publicamente colocado à prova por aqui. E não acredito que será mal sucedido. Isto porque a história do filme é muito boa, apesar da execução ter lá seus pecados.

Os irmãos Nobles: pobres meninos ricos


O filme conta a história de um mega empresário da construção civil, Germán Noble (Gonzalo Vega), que, viúvo há muitos anos, teve que criar os três filhos sozinhos. Milionário, fica frustrado ao ver que fez um péssimo trabalho e que seus filhos estão completamente perdidos, sem valores, sem trabalho, sem rumo ou qualquer plano de vida. A filha Bárbara, vivida pela bela Karla Souza, está prestes a casar com um gigolô vinte anos mais velho e torrar toda a herança deixada pela mãe na viagem de lua de mel.


O patriarca (Gonzalo Vega) conduzindo um impensável jantar em família
O filho mais novo, Cha (Juan Pablo Gil) com péssimas médias na universidade, é pego fumando maconha e transando com professoras até ser expulso da instituição. E o outro filho Javi (Luiz Gerardo Mendez) não quer saber dos negócios da família, promove festas e baladas sem limites e torra o dinheiro tendo ideias de negócios completamente infundadas. O pai então decide dar uma lição aos filhos e arma um grande plano fingindo que a sua empresa faliu e que toda a família está sendo procurada pela polícia. É aí que, sem dinheiro, carros ou cartão de crédito, os três garotos mimados se veem na obrigação de fazer o que nunca imaginaram: ter que trabalhar.


O enredo bom e os atores engraçados são garantia de diversão nos 108 minutos do filme. Mas é bom ir avisando: a fotografia é ruim, os atores são nitidamente estreantes e de segundo time – menos Gonzalo Veja, que tem no curriculum dois Ariels, o Oscar deles – e o final feliz é previsível. Mas vale assistir e se identificar com várias passagens e até com o caráter dos personagens. Você certamente terá um amigo ou filho de um amigo que se pareça com um deles.


A ideia do diretor foi fazer um filme espanhol, não mexicano. Ou seja, explorar um tema que fosse mais universal do que propriamente algo particular da sociedade mexicana. E ele conseguiu. Porém, se houve limitações orçamentárias na execução que deixaram o filme menos estrelado, há que se reconhecer o potencial dele. Tanto é que a Netflix já comprou os direitos e começou a produzir uma série inédita para internet. Ao que parece, cada um dos filhos, com suas personalidades e características, vai assumir histórias de vida e empreendedorismo após o golpe armado pelo pai. É ver e conferir.



Curiosidade:

Este longa é baseado em "El Gran Calavera", filme que foi o debute do mexicano Luis Buñuel. Luis, Janet Alcoriza e Adolfo Torrado escreveram o roteiro. Fernando Soler interpretou o patriarca.

Onde assistir:

Em Florianópolis, no Paradigma Cine (SC-401, no Corporate Park), pré-estreia dia 29/11 e ficará em cartaz na primeira semana de dezembro.

O imaginário de Nicolau

$
0
0

Filme retrata com humor as férias de um garoto e sua maneira inusitada de observar os fatos


Quem assistiu ao “Le Petit Nicolas” (O Pequeno Nicolau) em 2010 e até hoje lembra da ingenuidade e delicadeza do filme de Laurent Tirard, pode agora reviver estes bons sentimentos no “Les Vacances Du Petit Nicolas” (As Férias do Pequeno Nicolau) que estreia em Florianópolis no dia 2 de janeiro, no Paradigma Cine Arte.
O filme dirigido pelo mesmo diretor e que tem como pais os mesmos atores -  Valérie Lemercier e Kad Merad - tem tudo para repetir o sucesso de quase cinco anos atrás. E, pelo fato de muito tempo ter se passado, principalmente para uma criança, o protagonista foi trocado neste segundo filme. No primeiro, Nicolau era vivido pelo ator Maxime Godart. Neste, quem dá vida ao menino é Mathéo Boisselier, que faz sua estreia no cinema e encanta com a mesma docilidade do antecessor.
A história é branda, o roteiro delicado e o humor é intenso e inofensivo. Assim que terminam as aulas, Nicolau, seus pais e avós, saem de férias.  Escolhem o litoral. Lá, o garoto não perde tempo e faz novos amigos e conhece uma menina por quem fica encantado e acredita ser sua futura esposa.

As reflexões, diferente do filme anterior, são menos profundas, porém, são mais divertidas. A fotografia é um capítulo à parte. O filme enche os olhos com suas cores vivas em design retrô, que recria a atmosfera dos anos 50. Gravado na Ilha de Noirmoutier na França, a obra ganha beleza bucólica e não foge do estilo artístico do primeiro filme.




Pode-se dizer que “As Férias do Pequeno Nicolau” é um elogio à pureza e à nostalgia. Mas, para mim, a grande sacada dos dois filmes de Tirard é nos apresentar o mundo pelos olhos do garoto. Assim, por quase duas horas, é como se voltássemos à infância e tirássemos férias com os amigos na praia. Um bom programa para uma tarde chuvosa do verão de janeiro, não?


FICHA TÉCNICA

  • Direção: Laurent Tirard
  • Elenco: Bouli Lanners, Bruno Lochet, Dominique Lavanant, François Damiens, François-Xavier Demaison, Kad Merad, Mathéo Boisselier, Valérie Lemercier
  • Nome Original: Les Vacances du Petit Nicolas
  • Ano: 2014
  • Duração: 97 min
  • País: França

Em Florianópolis, em cartaz do Paradigma Cine Arte (www.paradigmacinearte.com.br) , na primeira quinzena de janeiro. Segundas, terças e quarta, às 19 horas. E às sextas, sábados e domingos, em duas sessões diárias: 15 e 19 horas.


O que esperar do cinema em 2015?

$
0
0
Janeiro e fevereiro prometem boas estreias no cinema. Confira alguns dos títulos mais esperados pela crítica e pelo público:


Uma Noite no Museu 3 – A comédia de sucesso que se apresenta na terceira edição tem um quê de nostalgia dessa vez. Isso porque o ator Robin Williams, morto em agosto deste ano, está no elenco. Foi o último filme dele.





Os Pinguins de Madagascar – Em animação 3D tem tudo para se tornar programação obrigatória não só com as crianças pequenas, mas também com as crescidas já no início do ano.




Sniper Americano – Este tem tudo para estar entre os favoritos do Oscar 2015. Vale assistir para conferir a direção de Clint Eastwood, que assumiu o desafio depois que o diretor original, Steven Spielberg, abandonou a produção por causa do orçamento limitado.



Birdman – Drama, com Michael Keaton no elenco, conta a história de um ator que fez muito sucesso interpretando Birdman e não consegue mais tarde se livrar do estigma do super herói que o consagrou. Já foi premiado em vários festivais.



Foxcatcher - Uma História que Chocou o Mundo – Outra produção que deve ser indicada ao Oscar 2015. Foxcatcher é o nome de um centro de treinamento que é montado por um milionário esquisofrênico para treinar lutadores olímpicos. Só que o negócio foge do conceito esportivo e fica bem mais perigoso.


A Entrevista – É comédia, mas é polêmica. Isso porque a trama leva a CIA a contratar uma dupla de talk show americano para assassinar o líder do governo norte-coreano. Antes mesmo da estreia, já está dando o que falar.



Busca Implacável 3 – O terceiro filme da franquia vai confirmar Liam Nessom como astro de filme de ação, o que todos sempre duvidaram.



Caminhos da Floresta – Receita certa para o sucesso: musical comédia em padrão Disney, com elenco estrelado – inclusive com Johnny Depp e Meryl Streep - e baseado em um musical premiado. Junte num mesmo filme Cinderela, Chapeuzinho Vermelho e Rapunzel.  Leve a família e todos vão adorar.

FILMES QUE DÃO A MAIOR VONTADE DE VIAJAR

$
0
0
Atire o primeiro passaporte quem nunca foi ao cinema e saiu de lá obcecado por fazer uma viagem qualquer. Cinema não faz só você viajar, metaforicamente falando, faz também com que você fique sonhando com a próxima viagem que vai fazer de fato. Assistir por exemplo ao “Meia-Noite em Paris” e não ter vontade de voltar à cidade luz naquele exato instante equivale ao “te ver e não te querer” do Samuel Rosa, ou seja, “é improvável , é impossível”. Não fosse assim, a indústria cinematográfica de Holywood não faturaria tantas doletas promovendo novos e velhos destinos mundo afora. 

No delicioso "Sideways" você viaja com os protagonistas por um roteiro incrível de vinícolas na Califórnia

















Se você ainda não sabe, há instituições criadas em diversas cidades, estados e países que tem como único objetivo aumentar o número de visitantes por meio de produções cinematográficas. Esse foi o caso de Santiago de Compostela que, coincidência ou não, triplicou o número de visitantes nos últimos dez anos. Tudo isso depois de ter criado em 2001 o SFCF - Santiago de Compostela Film Comission, que nada mais é que um serviço público dirigido ao setor audiovisual com o objetivo de promover Santiago através da captação de filmes com ambientação local. Desde então, mais de uma centena de longas e comerciais internacionais rodaram por lá.

"Sob o Sol da Toscana", paisagens maravilhosas para os viajantes românticos
















Não é por acaso que a maior parte das cidades que vira cenário de filmes paga – e bem - por isto. Às vezes não em espécie, mas com uma série de benefícios para a produção como hospedagem e alimentação de toda a equipe, compra de equipamentos e até mesmo garantia de aportes privados através de leis de incentivo à cultura.

E o resultado vem. Uma pesquisa feita pelo instituto francês de opinião pública com turistas estrangeiros em Paris mostrou que filmes ambientados na França influenciaram a decisão de visitar o país em 61% dos casos. Palmas para a Film France, o organismo que promove a realização de filmes estrangeiros em território francês, e para a Atout France, a entidade que define as estratégias para receber os turistas atraídos pelo cinema.

"Manhattan", um dos primeiros filmes de Woody Allen. Cineasta deve ser o maior promotor de viagens a NY do mundo




















E aí, tá se sentindo manipulado, usado, meio fantoche? Keep calm! De todas as perversidades cometidas com o objetivo de controlar comportamentos em massa, vamos combinar que esta é uma das mais deliciosas. Então viaje e, se fizer você se sentir melhor, faça de conta que foi uma decisão toda sua, sem interferências externas. Baixe o filme, aperte os cintos e escolha aqui o seu próximo destino: 






Itália
Julia Roberts, em "Comer, Rezar e Amar"


“O Poderoso Chefão” (1972 –1974 - 1990) –Sicília, em especial Corleone

“Cinema Paradiso” (1988) – Sicília

“Sob o Sol da Toscana” (2003) – Toscana

“Cartas para Julieta” (2010) – Verona e região




França

“Último Tango em Paris” (1972) – Paris

“O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” (2001) – Paris

“Um Bom Ano” (2006) – Sul da França
"Meia-Noite" em Paris e as belas cenas da capital francesa

“Meia-Noite em Paris”(2011) – Paris e arredores




Espanha

“Vicky Cristina Barcelona” (2008) – Barcelona

"Meia-Noite em Paris" e as belas cenas da capital francesa


“O Caminho de Santiago de Compostela” (2010) – Espanha e parte da França




Reino Unido
Cena clássica que leva você a esse jardim em Notting Hill



“Um lugar chamado Notting Hill”(1999) – Londres

“O Dário de Bridget Jones” (2001) – Londres

“Closer” (2004) - Londres

P.S. Eu Te Amo (2007) – Irlanda








Barcelona e Penélope Cruz, tem como não gostar?



Estados Unidos

“Taxi Driver” (1976) – Nova York

“Manhattan” (1979) – Nova York

“Los Angeles – Cidade Proibida” (1997) – Los Angeles

“Sideways” (2004) – Califórnia

Crash – No Limite (2005) – Los Angeles




Leonardo Di Caprio em "A Praia", viajou?








Ásia


“A Praia” (2000) – Tailândia

“Encontros e Desencontros” (2003) – Tóquio

“Sete Anos no Tibet” (2007) – Tibet



Brasil
Cenas de "Rio" para gringo babar (e brasucas idem!)






“Rio” (2011) – Rio de Janeiro

“Tainá” (200 – 2004 - 2013) – Amazônia

“Bem-vindo a São Paulo” (2004) – São Paulo










Múltiplos destinos
"Diários de Motocicleta": viagem para a América do Sul

“Antes do Amanhecer” (1995) – Viena, Paris 


“Diários de Motocicleta” (2004) –América do Sul

“Comer, Rezar, Amar” (2010) – Itália, Índia e Indonésia

“Sex and the City 2” (2010) – Abu Dhabi e Nova York

“Na Natureza Selvagem” (2007) - Costa Oeste dos Estados Unidos e Canadá até o Alasca






E aí, gostou da seleção? Acrescente a sua e compartilhe com a gente!


Viewing all 83 articles
Browse latest View live